Jorge Nuno Pinto da Costa, Presidente do Futebol Clube do Porto, o dirigente desportivo que mais glória ofereceu ao seu país, é notícia, no desporto, e só.
Parece que, na chamada época tonta está institucionalizada a noção de que não há notícias duras e que por isso qualquer coisa serve para alegrar as férias ou aliviar os veraneantes do seu stress acumulado ao longo dum ano inteiro a aturar as manias do patrão. Por isso, esta verão, a obcecação com o Presidente do FCP e a sua vida particular em certos órgãos dos mídia em Portugal.
Acontece que não são os mídia que fazem as notícias, mas o evento que obriga os Jornalistas com J grande a se responsabilizarem a noticiá-lo.
Num mundo varrido de repente por uma onda de fascismo, um maremoto de arrogância surfado por dois criminosos de guerra, dois assassinos em massa, dois mentirosos, que lançaram um ataque ilegal contra uma nação soberana fora dos auspícios da ONU, um ataque que chacinou milhares de civis, não se pode dizer que não há notícias.
Num mundo onde a prepotência e a demagogia substituíram a diplomacia, não há falta de histórias.
Num mundo onde o Conselho de Segurança da ONU é ignorado só porque não iria apoiar uma guerra sem causa, não há falta de material.
Num mundo onde os chefes de governo de vários países deram seu aval a este acto de chacina, para receber prendas em troca, não há falta de eventos a noticiar.
Num momento em que a liberdade individual de cada cidadão neste planeta está seriamente comprometida, não é a época tonta.
Num momento em que as hostes fascistas se preparam para travar mais guerras e perpetrar mais actos de assassínio, não é a silly season.
Num país onde há situações ecológicas catastróficas, como por exemplo a Barra de Esmoriz, onde a poluição já criou um desastre ecológico, matando inúmeras aves raras e poluindo a Lagoa de Paramos, apesar desta zona constar na Rede Natura2000, Reserva de Natureza Protegida na égide da EU, não há espaço para um silly season. Este tipo de história não vale a pena contar, pois mexe com interesses investidos, pois. É mais fácil falar da ex-mulher e a filha do Pinto da Costa e FC Porto.
É curioso. Em Portugal, neste cantinho onde até o próprio Presidente da República caminha sozinho pelas ruas de Lisboa sem escolta policial, as pessoas têm sempre a mania de dar tiros nos pés.
Agora que o Presidente do Futebol Clube do Porto traz a prata para casa, caem-lhe todos em cima. Será essa uma tentativa de os jornalistas e jornais com J pequena já assimilados, fingirem que está tudo lindo e cor de rosa lá fora e que é notícia se Pinto de Costa deu uma tareia à mulher, ou se ela lhe agrediu ou se paga a porcaria do colégio para a filha? Será essa uma maneira de manipularem as notícias para que aqueles que se estendem na areia não se sintam incomodados?
Ou será esta uma tentativa de desestabilizar o Futebol Clube do Porto, para que não se lance outra vez na senda vitoriosa que se tornou costume sob a liderança hábil do Jorge Nuno Pinto da Costa?
Será essa uma falta de profissionalismo ou dor de cotovelo? Deixem o homem em paz! Se não encontrarem nada para noticiar, é melhor se calarem para não parecerem um bando de pangaios.
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
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