A pesquisa do Datafolha concluiu esta semana que o presidente Luiz Ignácio atingiu o máximo de popularidade: 70% do povo brasileiro afirmam que seu governo é bom ou ótimo. Perde apenas para o Primeiro-Ministro russo, Wladimir Putin, apoiado por 80% da população.
Uma vitória expressiva, sem dúvida. Acredito que produto dos seus méritos pessoais. Pobre, vindo de região nordestina, até hoje um problema brasileiro, o presidente conseguiu vencer barreiras.
Cursou a escola do SENAI (Serviço de Aprendizado Nacional da Indústria) e conseguiu ser torneiro mecânico.
Uma vitória para quem veio de longe em condições difíceis. Logo em seguida, Lula transforma-se no mais popular e conhecido líder sindical brasileiro. Passou maus momentos no regime militar, mas não foi considerado um marginal. Esteve presente em todos os comícios pelas "diretas já", que caracterizaram, com vitória, a volta da normalidade política brasileira, comandada pelo deputado Ulysses Guimarães, um homem do povo, convicto.
O governo do general Figueiredo garantiu a transição. Ficou imposta a volta da democracia, com voto que sufragou Tancredo Neves ao cargo de Presidente da República. O velho político faleceu antes de tomar posse, sendo substituído pelo seu vice-presidente, José Sarney.
Tempos difíceis, inflação alta, disparatada, até que a equipe formada por Edmar Bacha, Pérsio Arida e André Lara Resende, que no governo Itamar Franco acabaram com a absurda inflação brasileira.
Candidato ao supremo cargo há anos, Lula viu consagrado o seu esforço pessoal. Sem dúvida, apesar dos seus inúmeros erros, Luiz Inácio transformou-se num mito.
E mitos não são destruídos facilmente.
Jorge Sader
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