O governo liderado pelo Primeiro-ministro Patrice Trovoada caiu por várias razões, mas a principal causa é porque, o Presidente Fradique de Menezes não quer aplicar a Constituição política da Republica Democrática de S.Tomé e Príncipe, e continua a querer ter o governo sobre o seu domínio. Se não, vejamos se todos que acompanham a política são-tomense, não sabiam que:
- Há quando da constituição do governo do Patrice Trovoada cometeu-se 3 erros, cruciais:
1º- Já é complicado formar um governo de coligação, que implica a coexistência de, no mínimo, dois partidos, acrescentar, a este, mais um, o precipício governamental, não estaria a vista?! Não?!!
2º- Atribuir a chefia, deste mesmo governo, ao partido (ADI) que no parlamente possui uma minoria em relação aos outros dois pertencentes a coligação, tendo em conta os preceitos democráticos, é uma situação normal?! Não!!!
3º- O que se espera que faça uma das figura (Delfim Neves) que mais contribuiu, para que o Presidente Fradique de Menezes fosse reeleito e que deu um novo impulso ao seu partido (PCD), antes deste adormecido, fazendo com que o partido, voltasse a vencer uma eleição, e além disso, com grande influências nas bases do partido, exigindo-se, que este, estivesse fora do novo governo?! Os seus apoiantes, no parlamento, ficariam satisfeitos?! Esperavam que, esta figura aceitasse a situação e ficasse quieta?! Não, não me parece!!!
A pergunta que se impõe é:
Fradique de Menezes, não tem assessores competentes?! Não, não tem, parece-me que não!!!
Natural e inteligente, por parte do MLSTP, através do seu líder (Rafael Branco) não quererem fazer parte do governo, uma vez que existia uma coligação maioritária. E agora, com a ideia de governo de consenso nacional, também não têm que fazer parte, do que seria um governo com mais de três partidos. Porque, neste caso, o primeiro-ministro tinha que ser do MLSTP, tendo em conta que teria neste governo, dito de consenso nacional, a maioria parlamentar. Será que Fradique está disposto a isto?!
Num governo de coligação ou de consenso nacional, é essencial que se consiga conquistar, primeiro de tudo ou todos, a confiança dos líderes mais influentes dos partidos envolvidos porque, parece-me que, é mais que evidente, que são esses, os mais capazes, de criar instabilidades. Tal não aconteceu, há quando da formação do governo de Patrice Trovoada e teve o fim que teve.
Ora, o Presidente São-tomense está, em risco de cometer o mesmo erro. Se se quer que o governo de consenso nacional resulte, penso que é preciso seguir, três passos relevantes:
1º Dar prioridade, em termos de suas vontades ou opinião, ao partido com maioria parlamentar que, fará ou, contribuirá para formação deste governo, uma vez que, sendo de consenso nacional, não tem que ter, necessariamente, elementos que façam parte dos partidos, mas lembra-se que, se precisará de aprovações do parlamento.
2º Prestar, especial, atenção aos elementos mais influentes dos partidos que constituem o parlamento e que possam fazer parte do governo. Se se optar por escolher um Primeiro-ministro, que seja de algum partido, que seja dada prioridade, de escolha, ao partido que tenha maior número de deputados no parlamento.
3º Deixar governar
É mais que evidente que é, quase impossível, chegar-se a um consenso, de forma a ter-se um governo que não encontre empecilhos no parlamento. Como é certo que Fradique, não terá em atenção esses pontos e por isso, é uma ilusão pensar-se que, um governo de consenso nacional, terá melhor fim do que os anteriores. No entanto, rezo para que sejamos todos, os são-tomenses, surpreendidos!!! Pela positiva, porque pela negativa, já não é possível.
Então, que solução para S.T.P?! Perguntaram os leitores
A melhor solução seria convocar eleições antecipadas, como manda a constituição da república, sem coligações antecipadas e deixar que o partido vencedor, que tenha elegido maior número de deputados, escolha o seu primeiro-ministro e faça as coligações que bem entender. Ah, pois!!! Ia afundar o país, economicamente?! O que é que querem, os são-tomense, afinal?! Estabilidade política, duradoura, que permita algum avanço económico ou brincar a quem deixa cair mais governos?!
Neste momento, parece-me que, estão todos com medo de virem a ter que arcar com as culpas, caso alguma coisa corra mal, e então, tentam mostrar que estão a procura de um consenso nacional, quando sabem de antemão, que é, muito provável que, esse consenso, se existir, dificilmente será de longa duração. Porque eles sabem, bem, qual é a melhor e legal solução para está crise!!! É ai então que eu paro uns minutos, e eu me pergunto:
- Como encontrar solução, num país de políticos medíocres e corruptos, sem convicção política, onde os poucos que possuem, essa mesma, convicção política, os poucos que são honestos, se borram de medo?!
Humbah Aguiar
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