Na manhã de hoje (13) a Polícia Federal deflagrou a Operação Rapina, no Maranhão, para desarticular uma quadrilha que, estima a própria PF, desviou cerca de R$1 bilhão de verbas públicas nos últimos 10 anos. A operação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Foram mobilizados cerca de 600 policiais federais para cumprirem 100 mandados de prisão temporária no Maranhão, no Piauí, no Pará, em Pernambuco, em São Paulo, no Amapá, em Roraima, em Rondônia, no Amazonas e no Distrito Federal. Além dos mandados de prisão, outros 140 de busca e apreensão foram autorizados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
O grupo utilizava notas fiscais falsas e empresas de fachada para conseguir vantagens em licitações do governo federal, por meio de convênios e fundos. Participavam da quadrilha empresários, secretários municipais, membros das comissões de licitação e contadores.
De acordo com informações da Polícia Federal, prefeitos e tesoureiros sacavam verbas públicas de forma ilegal. No período da prestação de contas do município ao Tribunal de Contas do estado, o secretário de estado responsável pela aplicação do dinheiro simulava pedido de licitação. Prontamente, o prefeito e o assessor jurídico da prefeitura a autorizavam. A documentação era preparada em escritórios de contabilidade em São Luis e depois entregues aos municípios para as assinaturas.
Os secretários atestavam o recebimento de produtos, serviços e medições necessárias para o pagamento. Desta forma, eles podiam preparar os processos de pagamentos para justificar aquela retirada inicial do caixa do município.
Os presos poderão ser enquadrados nos crimes de falsificação de documentos, falsidade ideológica, peculato, estelionato, formação de quadrilha, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, informa a Agência Brasil.
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