As diferenças entre a mortalidade masculina e feminina cresceram no Brasil desde 1960, com a intensificação do processo de urbanização do país, segundo mostra a pesquisa Tábuas Completas de Mortalidade 2006, do IBGE, segundo Agência Estado.
Entre 1960 e 2006, a sobremortalidade masculina "cresceu muito", principalmente na faixa dos 20 anos 24 anos de idade: em 1960, a chance de um homem com 20 anos de idade morrer antes de passar para o grupo etário seguinte (25 a 29 anos) era 1,1 vez maior que a de uma mulher do mesmo grupo etário. Em 2006, a chance masculina aumentou para 4,1 vezes.
Segundo observam os técnicos do IBGE no documento, esse incremento se deve, principalmente ,à maior incidência de mortes por causas externas entre os homens, principalmente os jovens e adultos.
As diferenças de mortalidade também cresceram entre as Unidades da Federação, mas nesse caso as comparações podem ser feitas apenas a partir de 1980.
Numa comparação entre as sobremortalidades masculinas nos anos de 1980 e 2006 (para o grupo etário dos 20 aos 24 anos), os maiores saltos ocorreram no Amapá (de 1,6 para 6,1 vezes) e no Estado de São Paulo (de 2,4 para 5,9 vezes), mas no Rio de Janeiro a variação também foi grande (de 3,0 para 5,1). Nessas três unidades da federação , em 2006, as sobremortalidades masculinas ficaram acima da média do Brasil (4,1 vezes ).
De acordo com a pesquisa, uma das causas do aumento da sobremortalidade masculina são os óbitos por causas externas (ou violentos), mais freqüentes entre os homens do que entre as mulheres. Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, em 2005, houve 1.003.005 óbitos e 12,5% deles (125.816) foram por causas externas. Entre estes, 83,5% (105.062) ocorreram na população masculina.
Fonte a Tarde OnLine
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter