Caso Abaetetuba será examinado no Senado

As comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado vão realizar uma audiência pública terça-feira, às 9h, para discutir o caso de uma jovem de 15 anos que passou 24 dias presa na mesma cela que 20 detentos na cidade de Abaetetuba (PA), segundo o site Terra.

 O debate foi pedido pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e aprovado pelo colegiado.
Paim disse que aguarda informações da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, sobre o caso.

 Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), José Nery (PSOL-PA), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) e Romeu Tuma (PTB-SP) repudiaram o crime e manifestaram apoio à realização de audiência para que sejam ouvidos os envolvidos e apuradas as responsabilidades.


A jovem prestou depoimento ontem na corregedoria da Polícia Cilvil e reafirmou que sofreu violência sexual por parte dos detentos. Ala falou em reunião fechada e a imprensa não pôde acompanhar, mas a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Seção Pará, Meire Cohen, disse que a menina L.A confirmou todas as informações que já havia denunciado ao Conselho Tutelar de Abaetetuba e disse também que, durante todo o tempo em que estava na prisão, informou que era menor.


Nessa quarta-feira a jovem também voltou ao Instituto Médico Legal para fazer exame de lesão corporal e também exame dentário para identificação da idade aproximada. O prazo legal para o resultado dos laudos é de 10 dias.

 
A menina foi apreendida sob suspeita de furto. Ela seria obrigada a manter relações sexuais na cela em troca de comida, segundo a conselheira tutelar Diva Andrade. De acordo com autoridades policiais do Pará, a jovem ficou com os homens porque não havia uma ala feminina na cadeia. A Assembléia Legislativa do Pará criou uma comissão para apurar o caso e três delegados que estariam ligados à prisão da garota foram afastados pela Polícia Civil do Pará.

A garota está em um abrigo em Belém, onde tem acompanhamento psicológico. Os próximos a serem ouvidos no processo administrativo que apura o caso deverão ser os delegados do município. Três delegados foram afastados.

 
 POr  ANTONIO QUEIROZ

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