O diário britânico,The Times , publicou ontem (06) a entrevista com Alex Woolfall, enviado à Praia da Luz pela companhia que organizou a viagem da família a Portugal, e que diz que a aparente calma que o casal apresentava após o desaparecimento de Madeleine nada tem a ver com a perturbação e o medo que demonstrou nos bastidores, segundo Lusa.
Se o casal McCann estivesse envolvido no desaparecimento da filha mereceria um Óscar pela representação
O britânico sublinha ao The Times que o estado de espírito do casal durante os primeiros dias oscilava entre a angústia e a determinação para fazer o que fosse necessário para ajudar a encontrar a menina, desaparecida há cerca de cinco meses.
Segundo Alex Woolfall, a seguir ao desaparecimento, a primeira suposição dos McCann ia no sentido de Madeleine ter-se perdido e sofrido um acidente, ou sido levada por um estranho bem intencionado, não tendo o casal equacionado logo a hipótese da menina ter sido levada por um pedófilo.
Alex chegou a Portugal dia 5 de Maio, dois dias depois de Madeleine ter desaparecido e diz que o casal se comportava exactamente como ele esperava que alguém se comportasse numa situação daquelas. «Eles não tinham dormido e queriam desesperadamente publicitar a cara da menina», contou, acrescentando que os McCann estavam ao mesmo tempo a tentar lidar emocionalmente com o que tinha acontecido e, por outro lado, encontrar uma forma de trazê-la de volta.
O britânico diz ter ficado surpreendido com a reacção dos observadores ingleses ao comportamento do casal, que criticaram o seu aparente controlo e frieza perante a situação, embora Woolfall diga que era exactamente o contrário.
Kate e Gerry McCann regressaram no início de Agosto ao Reino Unido, depois de terem sido constituídos arguidos e sujeitos a Termo de Identidade e Residência, não tendo voltado a ser, depois disso, formalmente interrogados pelas autoridades.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter