Sobreiro19 denuncia escândalo em Setúbal

Site: sobreiro19.no.sapo.pt E-mail: [email protected] Telemóveis: 919281905 - 965629563

Tal como a “Sobreiro 19” vem alertando desde o ano passado,

as trabalhadoras da BORE WORKWEAR, (antiga FRISTADS) em Alhos Vedros, concelho da Moita, correm o risco de perder o seu posto de trabalho.

Os destinos desta empresa têm sido ditados por um nome bem conhecido no distrito de Setúbal: LARS ERIK LARSSON, sueco, Engenheiro de Matemática Aplicada, e residente em Portugal desde 1981.

Em 31 de Maio de 2000, chega a Santa Marta de Corroios, à antiga KANSAS, e em nota interna às trabalhadoras, apresenta-se e apresenta os donos da nova empresa de nome VESTUS CONFECÇÕES. (anexamos fotocópias de documentos comrpovativos do que aqui afirmamos).

Impávida e serenamente ERIK LARSSON, o mesmo que fechou a GUSTOM, ajudou a encerrar a COSAL e encerrou com um processo de falência muito duvidoso a VESTUS, prepara-se para o encerramento da BORE WORKWEAR, com um processo idêntico só que mais sofisticado. Pelo que a “Sobreiro 19” conseguiu saber, LARS ERIK LARSSON vendeu as instalações da BORE WORKWEAR a uma Empresa Imobiliária (ver Diário de Notícias de 21/03/2003) e algumas máquinas (entre as quais a mesa de corte) a particulares, alienando assim o património da empresa.

Com pouco trabalho desde Setembro de 2002, e envolvido em alguns processos judiciais por dívidas contraídas, ERIK LARSSON força a rescisão por mutuo acordo com cerca de 200 trabalhadoras (que levam como indemnização pouco mais de 1 mês de salário), mantém a empresa a funcionar e, tal como fez na VESTUS, abre dentro da própria empresa uma loja de venda directa ao público.

Com os salários em dia, as trabalhadoras têm medo de denunciar estas manobras da entidade patronal, receando represálias e a perda do seu posto de trabalho.

Depois da venda das instalações e de algumas máquinas, ERIK LARSSON entretém as trabalhadoras, dizendo que a empresa não vai encerrar as portas, sendo as cerca de 100 trabalhadoras que ainda restam transferidas para novas instalações, cuja localização é desconhecida.

Como é possível, depois de vender as máquinas, dizer que a empresa não fecha porque agora tem muito trabalho? Como é possível vender as instalações e dizer :”VAMOS MUDAR PARA OUTRO LADO” (que ninguém ainda viu, não sabe onde fica, nem para quando é a mudança) ?

Como é possível, no espaço de 5 anos, LARS ERIK LARSSON despejar cerca de 1000 trabalhadores (a maioria mulheres) de quatro fábricas, todas com processos menos próprios e continuar no mundo Empresarial ?

Os trabalhadores da GUSTOM, COSAL, VESTUS e da BORE WORKWEAR têm o direito a que se faça justiça e que se investiguem as acções de Lars Erik Larsson, um estrangeiro a viver em Portugal, e cuja profissão parece ser ‘gestor de encerramento de empresas’ ! 24 de Abril de 2003 A Direcção da Sobreiro19 – Associação de Solidariedade com as Vítimas das Falências

KANSAS CONFECÇÕES LDA

SENHORAS E SENHORES, O meu nome é Lars Erik Larsson. Sou sueco, a minha mulher é portuguesa, e vivemos em Lisboa. A minha formação é Engenheiro em Matemática Aplicada. Vim a Portugal a primeira vez em 1973, e vivo cá como residente desde 1981. Embora a minha família tenha tradições no ramo de vendas de vestuário, eu comecei a trabalhar em Portugal como consultor em informática / logística. Tinha contactos com varias empresas de vestuário. Desde 1994 estou a tentar salvar a Guston, com a ajuda dos empregados e Sindicato, o que tem sido um processo muito complicado. O que é certo é que a Guston nunca fechará se depender de mim e dos empregados, e vou ter o mesmo espírito aqui na Kansas Lda.

Aceitei ser gerente porque a Kansas Dinamarca mostrou que quer uma solução para o futuro e deixará a fábrica em condições de continuar. Os novos sócios querem investir em empresas de vestuário, e toma-las mais rentáveis. Estão abertos para a entrada de outros parceiros para a sociedade.

A fabrica tem equipamento moderno, produz vestuário de muita boa qualidade, e na costura com três agulhas é uma das melhores.

Mas infelizmente o facto é que a empresa presentemente tem grandes prejuízos, o que em meu entender depende basicamente do facto de ter muitas encomendas de pequenas quantidades, e com todos os tipos de modelos.

No futuro vamos ser uma empresa que poderá vender a quem quiser, e os novos clientes não precisam pensar que favorecemos a empresa-mãe.

Para o grupo Kansas vamos produzir os modelos e encomendas que dão lucros e que têm um preço que este grupo pode aceitar. - Vamos produzir para novos clientes que querem muita boa qualidade e curtoprazo de entrega. - Vamos continuar a produzir fatos de trabalho, mas também roupa para tempos livres. - Vamos vender fatos de trabalho e roupa de tempos livres com a nossa própria marca. - Vamos vender serviços, como Design, Corte e Controlo de qualidade - Vamos ainda começar a vender através da Intemet.

Sei que o futuro da empresa depende sobretudo de vós, e estou confiante que juntos vamos voltar a ter uma empresa lucrativa.

Nos próximos dias vamos dar mais informações e, claro, também responder às perguntas e dúvidas que possam ter e nos queiram apresentar. Muito Obrigado

Nota interna n°4/2000 Para: Todo o pessoal De: Lars Erik Larsson, Bennj Kdstensen Data: Corroios, 31 de Maio de 2000 Ref.:

Na sequência das reuniões de esclarecimento tidas com os funcionários, pudemos constatar que a maioria dos trabalhadores desta empresa tem dúvidas e/ou receios quanto ao futuro da empresa a médio e longo prazo. Como essas questões foram levantadas, de uma forma geral, em todas as reuniões achou a Gerência ser útil para todos esclarecê-las, de forma definitiva, e de forma a que toda a gente tenha acesso exactamente às mesmas respostas. Dá o objectivo desta nota interna.

Assim, nos pontos que se seguem, a Gerência vai tentar esclarecer essas dúvidas: 1- Os novos donos da nossa empresa são duas empresas da Europa do Norte: a GUSTEX Holding BV, de origem Holandesa, e a KILKO AB, de origem Sueca que, até hoje, não possuíam meios produtivos próprios e acharam um bom investimento a possibilidade de garantir a entrega das vendas através da aquisição da nossa fábrica. 2- O Sr. Lars Erik Larsson é, actualmente, o Gerente da nossa fábrica e, ao mesmo tempo, sócio na empresa GUSTEX Holding BV. 3- A laboração da nossa fábrica está garantida, pois existe um acordo de garantia de produção dos nossos 3 principais clientes de 2.000.000 minutos por mês até ao final do ano. Além disso a nossa empresa dispõe já de um leque confortável de clientes que garante a nossa capacidade produtiva. No entanto, qualquer novo cliente será sempre bemvindo 4- As regalias adquiridas pelos trabalhadores por anos de casa estão garantidas, sem qualquer perda ou prejuízo para os trabalhadores, não estando prevista, a curto prazo, nenhuma reestructuração. 5- A longevidade da nossa empresa está, à partida, garantida pelo bom nome que a fábrica tem no mercado. Essa é a maior garantia de trabalho para o futuro próximo. O futuro a médio e longo prazo depende principalmente do desempenho de cada um de nós: desde os novos donos, que estão muito motivados para ter aqui uma boa unidade de produção, até às costureiras, com a sua vontade e capacidade de trabalho.

A Gerência espera ter respondido, desta forma, às maiores dúvidas e incertezas demonstradas pelos trabalhadores da nossa empresa. Havendo, no entanto outras questões que os trabalhadores queiram ver esclarecidas, essas poderão ser colocadas à Gerência através das Delegadas Sindicais. A Gerência Lars Erik Larsson

TRIBIJNAL DO COMÉRCIO DE LISBOA

Pedido de apresentação á Falência feito pela (VESTUS CONFECÇÕES LDA), no dia 15/07/2002,Processo NQ266/2002,3? JUIzO.Valor da acção 14.963,95 (FUROS) MANDATÁRIO DR.J.M.OLIVEIRA DA SILVA Capital Social da Empreza. 1.800..660,41 (EUROS) devidido em 3 quotas de Iª 1.134.416 (FUROS) da SOCIEDADE KILCO A.B. 2ª 486.178,31 (EUROS) GUSTEX HOLDING B.V. 3ª 180.066,04 (EUROS) VESTUS CONFECÇÕES LDA:

É GERENTE desde o dia 11 de Março de 2000. Fundação da Firma 1982 Lars Erik Larsson

No ano de 2000 a Firma teve um saldo negativo na ordem de 237.375,041 (EUROS) No ano de 2001 a Firma teve um saldo negativo na ordem de 1.351.978,59 (EUROS)

PASSIVO 6.372.344,17 (EUROS) Dívidas a Fornecedores 239.638,22 (EUROS) Segurança Social Iva Irs,C.Autárquitas (553.407,02 (EUROS) Aos Trabalhadores 5.579.298,93 (FUROS) Património as Inbtalações da Fábrica e toda a maquinaria que se encontram livres de quaquer acção. ------------------------------------------------------------------------- Principal Testemunha da Entidade Patronal a Dirigente Sindical JOSÉLIA , Foi dado pelo Tribunal um praso de oito dias á Entidade Patronal para a apresentação dos maiores credores da Empreza para a elaboração do processo.

R. ADVOGADA SILVIA ABOIM

Lisboa 16 de Julho de 2002

Volte P. F.

Maiores Credores da Vestus Confecções Lda BONLOGNE BILLANCONT-CEDEX- FRÀNCE ~ NORDEA FINANC. GLOBAL SEGUROS 48.537,19 ... 31.055,34 29.142,84 23.693,40 22.306,90 BONLOGNE BILLANCONT-CEDEX- FRÀNCE ~ NORDEA FINANC. GLOBAL SEGUROS 48.537,19 ... 31.055,34 29.142,84 23.693,40 22.306,90 BONLOGNE BILLANCONT-CEDEX- FRÀNCE ~ NORDEA FINANC. GLOBAL SEGUROS 48.537,19 ... 31.055,34 29.142,84 23.693,40 22.306,90 * PRO NEAR CONSEGUR

48.537,19 ... 31.055,34 29.142,84 23.693,40 22.306,90 SA-DOMáQUINAS-SETUBAL JOSÉ AROUCA TEIXEIRA CLEANSTATION -VILA DO CONDE 3.628,47 3.470,63 3.037,83

Nota: Estes credores foram notificados no dia Ol/08/2002. para no .prazo de dez dias se pronunciarem.

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