Revisão curricular centrada na poupança

Anunciada a prestações – numa espécie de menorização institucional, as opções para o ensino profissional, vocacional e artístico especializado apenas serão apresentadas no final do mês – mantêm-se, no essencial, os principais traços de uma revisão elaborada a pensar mais na contenção orçamental do que nos alunos. O ensino secundário, esse, continua sem uma identidade própria, mantido que está numa espécie de limbo entre a escolaridade obrigatória e o acesso ao ensino superior. Mais uma vez, esta revisão de secretaria não se preocupa com a articulação entre os diversos níveis de ensino. Justiça seja feita ao governo, que, desde a primeira hora, sempre afirmou que a necessidade desta revisão sempre teve mais a ver com uma política orçamental restritiva do que com as necessidades pedagógicas e de requalificação do sistema de ensino nacional. Só assim se compreende que, depois das restrições já levantadas por este governo à Área Projecto, esta apenas se mantenha no 12.º ano. David Justino tem razão quando afirma querer que os alunos se envolvam em projectos extra-curriculares. Mas os cortes efectuados nesta importante área deixam antever os piores cenários sobre as condições e meios com que as escolas virão a ser dotadas para organizar estes projectos. A preocupante situação da educação em Portugal e a necessidade de requalificação dos portugueses exige que o governo se preocupe com educação para alem da mera lógica do deve e haver. www.bloco.org

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