Um homem italiano,61, e uma mulher portuguesa,54, foram detidos ontem, perto de Gibraltar, no Sul de Espanha, por eventual ligação ao desaparecimento de Madeleine McCann, numa operação levada a cabo pelas polícias portuguesa e espanhola, segundo informações da Lusa.
Aparentemente, ambos os suspeitos terão tentado entrar em contacto com os pais de Madeleine, através de uma advogada espanhola, no sentido de cobrarem os mais de quatro milhões de euros de recompensa, oferecendo em troca informações que conduziriam ao paradeiro da criança.Na garagem da casa dos suspeitos, foi encontrada uma pequena cama de acordo com o Jornal de Notícias.
O Ministério do Interior espanhol, o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano e a própria Polícia Judiciária já emitiram comunicados ou tomaram posição sobre o caso. Enquanto a PJ confirma estar a acompanhar o caso em território espanhol há vários dias e garante que, "até ao momento, não é possível responsabilizar o casal pelo desaparecimento da menor Madeleine", os espanhóis preferem falar da ausência de "ligação directa" entre as detenções e o sequestro da criança.
Ambos referem, no entanto, que as investigações ainda não terminaram e asseguram que estão a explorar todas as pistas que possam conduzir à descoberta da criança.
A agência Lusa citava ontem uma fonte policial para afirmar que, já depois de detido pela Polícia espanhola, o homem ter-se-á mostrado disponível para falar sobre o desaparecimento da menina inglesa, acrescentando que as autoridades duvidam da sua credibilidade. Este desenvolvimento vem trazer uma nova luz sobre caso Madeleine, que ameaçava cair rapidamente no esquecimento depois de ter concentrado a atenção mundial e motivado uma gigantesca operação policial em vários pontos do globo. Sucessivas pistas foram sendo investigadas e abandonadas pela Polícia Judiciária que chegou a ter no terreno cerca de uma centena de elementos.
Ao fim de quase dois meses de investigação, em todo o processo foi apenas constituído um arguido - o cidadão inglês Robert Murat - que se mantém em liberdade, uma vez que foi considerado não existirem indícios suficientemente fortes para determinar a sua detenção. Centenas de pessoas foram entretanto interrogadas em vários países sem qualquer resultado e outras centenas de exames forenses realizados tiveram o mesmo desfecho.
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