O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, se encontra estes dias em Moscovo para dar um novo impulso às relações comerciais e económicas entre Portugal e a Rússia, noticia Lusa.
Fernando Serrasqueiro vem acompanhado de empresários portugueses e, em Moscovo, terá encontros com industriais lusos presentes em duas grandes feiras industriais, e manterá reuniões com dirigentes russos.
Serrasqueiro pretende visitar a Feira Internacional de Materiais de Construção de Moscovo (MosBuild), onde participam doze empresas lusas, entre as quais Corticeira Amorim, Gresart, Gresco, Pavigrés, Metalúrgica Recor, etc. e encontrar-se com membros do governo russo ligados ao comércio e à economia, visitando depois a Feira Internacional de Calçado de Moscovo (MosShoes), onde estão presentes oito empresas portuguesas: Aerosoles, Attenta, Camport, Coxx, Fly London, Prophecy, etc.
Além disso Serrasqueiro manterá encontros na Câmara de Comércio e Indústria da Federação da Rússia. Fernando Sarrasqueiro é também acompanhado de empresários ligados aos sectores dos vinhos, no caso, Companhia das Quintas e Romariz Vinhos, e dos moldes, Tecmolde.
Não obstante o bom clima existente nas relações políticas entre Portugal e a Rússia, as relações comerciais bilaterais continuam a ser muito frágeis.
Segundo dados do ICEP Portugal, em 2005, a Rússia era o 35º cliente de Portugal e o 19º fora da União Europeia.
Portugal, apesar de ter aumentado a sua quota no mercado russo, continua com indicadores muito baixos: 0,05% em 2001 e 0,1% em 2005.
As empresas portuguesas exportaram, em 2005, mercadorias para o mercado russo no valor de 78,7 milhões de euros, o que significou um aumento de 50% se comparado com o ano anterior.
Em 2006, as exportações portuguesas para a Rússia sofreram um crescimento de 62% em comparação com 2005.
Portugal exporta fundamentalmente veículos e outro material de transporte, calçado, madeiras, cortiça, máquinas e aparelhos, plásticos e borracha.
A Rússia vende a Portugal combustíveis minerais, metais, produtos químicos, peles e couros, sendo a balança comercial extremamente desfavorável ao nosso país, o que se deve às grandes quantidades de petróleo russo importado.
A situação não é melhor no domínio dos investimentos directos.
De acordo com dados publicados pelo Banco de Portugal, o investimento directo da Rússia em Portugal tem sido inexpressivo, ocupando o país, em 2005, o 58º lugar no ranking dos investidores estrangeiros.
Por outro lado, enquanto destino do investimento directo português no exterior, a Rússia apenas assumiu a 51ª posição, em 2005.
O governo português deposita esperanças no aumento do fluxo de turistas russos, mas tal não deverá suceder enquanto existir apenas um voo semanal entre Moscovo e Lisboa.
Fonte Diário Digital
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