O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal Luís Amado explicou esta quinta-feira que a desactivação da embaixada de Portugal em Bagdad se deve a uma situação de segurança «muito delicada» e manifestou-se convicto de que o PSD compreenderá a decisão.
«Uma vez que a companhia que assegurava a segurança externa da embaixada deixou o país, ficámos com uma situação de segurança muito delicada», explicou, aludindo a relatórios do grupo de operações especiais da PSP, responsável pela segurança dos diplomatas.
O ministro acrescentou que a embaixada fica desactivada «até haver condições para nomear um embaixador residente» e que os interesses portugueses em Bagdad passam a ser assegurados por um embaixador em Lisboa, a nomear «dentro de algumas semanas.
Luís Amado falava a jornalistas portugueses em Bruxelas, no dia seguinte ao anúncio da desactivação da embaixada portuguesa na capital iraquiana, considerada «inaceitável» pelo PSD, que solicitou explicações com carácter de urgência na Assembleia da República, avança a agência «Lusa».
O embaixador do Iraque em Portugal afirmou esta quinta-feira que «não fica satisfeito» com a anunciada desactivação da embaixada de Portugal mas «compreende e respeita a decisão» e vai continuar a trabalhar pela promoção das relações bilaterais.
Hussain S. Mualla, em Lisboa há dois anos, manifestou contudo o desejo de que o embaixador português em Bagdad, Falcão Machado, não cessasse funções sem participar na Conferência Internacional sobre Segurança, marcada para sábado em Bagdad e que é a primeira reunião internacional de alto nível que se realiza na capital iraquiana desde a deposição de Saddam Hussein.
«Esperamos que o embaixador [Falcão Machado] possa ir a Bagdad para assistir à reunião», disse hoje à Lusa o embaixador do Iraque em Lisboa, Hussain S. Mualla. Portugal mantém relações diplomáticas com o Iraque desde Março de 1975.
Fonte: Diário de Notícias
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