A fonte Diário Digital comunica que Portugal não tem os mecanismos certos para combater o tráfico de seres humanos que, segundo um relatório divulgado pela ONU, atinge particularmente mulheres e crianças, declarou esta segunda-feira à TSF a directora da secção portuguesa da Amnistia Internacional.
A secção portuguesa de Amnistia Internacional (AI) garantiu que as autoridades nacionais já foram alertadas para este problema e frisou o facto de Portugal apenas ter assinado acordos para facilitar o combate a este tráfico com Espanha.
Cláudia Pedra explicou que a maior parte das mulheres traficadas vêm da Ásia, América Latina e Europa do Leste, pelo que deveriam ser assinados acordos idênticos com estes países.
«Invariavelmente, (os casos de) mulheres que são apanhadas nesta situação de tráfico são arquivados, como nos casos de prostituição e de imigração ilegal, em vez de serem tratadas como casos de tráfico», adiantou.
A responsável nacional disse ainda que «se uma mulher for traficada para um país e estiverem a ameaçar a sua filha, ela nunca denunciará o traficante a não ser que haja mecanismos (que) ao mesmo tempo que recuperam a vítima consigam proteger no país de origem a pessoa que está a ser ameaçada».
Segundo Correio da manhã o director do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Rui Pereira, reconheceu а TSF que o crime de tráfico de seres humanos é difícil de investigar, uma vez que as redes envolvidas são poderosas e actuam а escala internacional.
A resposta legal não é a única a dar. Também a investigação criminal, a cooperação judiciária internacional são importantíssimas para fazer frente a estes 'negreiros' dos tempos modernos, acrescentou.
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