"Evidentemente, uma das conquistas das quais mais nos orgulhamos e que revela o alcance social das mudanças que temos feito no nosso país é a geração de quase 4 milhões de empregos com carteira assinada em apenas 36 meses, sem contar com os postos de trabalho informais", afirmou.
O presidente citou ainda resultados do Bolsa-Família (já atende mais de 8,7 milhões de famílias), do programa Luz para Todos (que já levou luz elétrica para 2,2 milhões de pessoas), da reforma agrária (245 mil famílias assentadas em três anos), além da construção de 113 mil cisternas no semi-árido nordestino.
Na educação, Lula destacou a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni), a criação de quatro universidades federais e extensões no interior do país e a construção de 32 escolas técnicas até o final do ano. "Estudo de qualidade no Brasil não é mais privilégio de poucos. Essa é a verdadeira revolução da democratização do ensino e um futuro de oportunidades".
Lula pediu hoje que o Conselho Mundial de Igrejas continue a apoiar a luta contra a fome no Brasil e no mundo. "Quero conclamar o conselho a continuar trabalhando conosco na construção de uma sociedade mais justa e solidária", disse no encontro do conselho em Porto Alegre (RS).
A 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas começou na terça-feira (14) e segue até o dia 23. Realizada a cada sete anos, é a primeira vez que um país latino-americano sedia o evento. O tema central em 2006 é "Deus, em tua graça, transforma o mundo". O conselho é formado por 340 igrejas instaladas em cerca de 100 países. A Igreja Católica não integra o conselho.
Produção de vinhos
Lula também participou nesta sexta-feira da abertura da 26ª Festa Nacional da Uva em Caxias do Sul (RS). Na ocasião, ele anunciou uma nova linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para a comercialização e qualificação da produção de uva e vinho. A medida vai beneficiar cerca de 20 mil produtores de uva e mais de 650 vinícolas.
Mas o presidente alertou os empresários do setor a não esperar apenas por medidas governamentais para que o vinho brasileiro se torne competitivo no mercado mundial.
"Nós temos que assumir a responsabilidade coletiva. O conjunto do cumprimento das nossas funções é que vai permitir que o Brasil não tenha medo de competir", disse.
Lula criticou o fato de governadores e prefeitos não resolverem os problemas e culparem uns aos outros ou o governo federal. "O Brasil tem que ser competitivo", disse o presidente. Segundo ele, em vez de ficar lamentando o vinho argentino no Brasil, é preciso colocar o nosso brasileiro na Argentina. "Não há tempo para lamentar, há tempo para trabalhar cada vez mais", acrescentou.
De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, com a nova linha de crédito anunciada, o setor vitivinícola terá mais prazo para pagar o financiamento com taxa de juros de 8,75% ao ano. A expectativa é que a medida ajude a cumprir a política de preço mínimo da uva, R$ 0,42 por quilo da fruta.
PT
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