Mercado Teste

No curso dos últimos 20 anos, em várias oportunidades, defendemos a tese de que o Espírito Santo tinha e tem todas as condições e viabilidades para se transformar no verdadeiro mercado-teste da publicidade nacional, desbancando Curitiba, detentora das preferências do circuito das grandes agências do país.

Forçamos contato no passado com algumas das maiores e mais dinâmicas agências de publicidade nacionais, buscando motivá-los para um teste definitivo, dentro de um seminário de âmbito nacional, com técnicos, economistas e profissionais do setor para quebrar um conceito que até hoje está enraizado nos segmentos de programação e inserção do mercado de publicidade, não encontrando parceiros para um movimento em favor de um seminário de debates e avaliação, pois a própria Secretaria de Comunicação do Governo não ofereceu qualquer apoio à nossa idéia.

Partimos, quando a Rede Gazeta programou a inauguração de sua representação em Brasília, para a elaboração de folhetos informativos que fizeram grande sucesso. Lembro-me que ao lado do jornalista Plínio Marchini, então dirigente do grupo, tentamos a até conseguimos interessar a Rede Globo no processo do mercado-teste, só não concluindo o projeto por alterações nos departamentos de marketing dos dois segmentos envolvidos. Perdemos outra parada, na luta pela reformulação conceitual da questão no mercado da publicidade nacional.

Ficaram na memória os folhetos elaborados pela equipe da Rede Gazeta, que tinham os títulos de “Vitória já é um Mercado Teste. Até para o Trapalhões” e “Quem pensa que o Espírito Santo só tem praias está perdendo dinheiro”. Quanto a esta última titulagem ela é válida dentro das nossas atuais perspectivas de desenvolvimento. Frisamos, ainda, que não fica invalidada a primeira.

Estamos acreditando que hoje, com o elevado índice de profissionalização do mercado, tanto em termos jornalísticos quanto em termos publicitários, além dos suportes informativos sobre aspectos fundamentais da nossa estrutura populacional, social, econômica, educacional e infraestrutural, avalizadas que estão pelos estudos e pesquisas altamente confiáveis do Instituto Jones dos Santos Neves, estão prontos para serem utilizados num confronto com o mercado curitibano, pois os nossos custos primários de promoção e divulgação são infinitamente menores dos que os oferecidos pelos sistemas de comunicação daquela capital.

Convocaria, com o mesmo entusiasmo, os nossos veículos e, principalmente o Sindicato das Agências de publicidade do E.Santo (SAPES) que tem competência e autoridade para liderar um novo processo sobre a questão, dentro da qual colocamos em grau de absoluta e total prioridade, a realização de um Seminário de Mercado Teste com a participação de profissionais de renome nacional, entre economistas e homens de marketing e publicidade, inclusive não afastada a hipótese de convites ás principais redes de comunicação do país, nos segmentos rádio, jornal e televisão.

É de oportunidade, em tratando de um assunto de inquestionável relevância para o faturamento de nossos veículos em todos os segmentos, lembrar uma citação que é muito cara e sensível para mim e para qualquer outro capixaba: “O Espírito Santo é o mais brasileiro dos Estados de nosso país, porque ele é o ponto de encontro do espírito de ação do sul com o sentimento poético do norte”.

Sinte-se do Brasil, somos um Mercado Teste por natureza.

J.C.Monjardim Cavalcanti é Jornalista e ex-Secretário de Comunicação do Estado

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