As exportações do agronegócio de janeiro, em moeda brasileira, totalizaram R$ 9,6 bilhões, valor 16,4% superior ao mesmo período do ano anterior, quando foram exportados o equivalente a R$ 8,2 bilhões. O superávit da balança comercial do agronegócio, em janeiro, registrou crescimento de 22%, alcançando o valor de R$ 7,8 bilhões. No mesmo período de 2008, o saldo positivo havia alcançado a cifra de R$ 6,4 bilhões. A valorização do dólar frente à moeda brasileira beneficiou o resultado da balança comercial do agronegócio no primeiro mês de 2009. De janeiro de 2008 a janeiro deste ano, a valorização da moeda americana em relação ao Real foi cerca de 30%.
Considerando os valores em dólar, a queda dos preços médios internacionais das principais commodities exportadas pelo Brasil foi sentida pelos setores exportadores. As exportações de janeiro registraram queda de 10,4%, diminuindo de US$ 4,63 bilhões para US$ 4,15 bilhões. Mesmo assim o resultado da balança do agronegócio apresentou superávit de US$ 3,3 bilhões. O complexo sucroalcooleiro apresentou excelente desempenho. O valor das exportações do setor registrou crescimento de 64%, passando de US$ 402 milhões, em janeiro de 2008, para US$ 659 milhões no mês passado.
As vendas externas de cereais, farinhas e preparações também apresentaram forte incremento, impulsionadas pelas exportações de milho. A quantidade embarcada desse produto aumentou 242% em relação a janeiro de 2008. Com isso, a receita com as exportações de milho foram 166,5% superior, passando de US$ 86 milhões para US$ 228,4 milhões, apesar da média dos preços estarem 22% inferiores.
As exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) apresentaram redução de 9,1%, totalizando US$ 640 milhões. Na moeda brasileira, no entanto, houve aumento de 18,3% do valor exportado em janeiro, que chegou a R$ 1,5 bilhão. Entre os produtos que compõem o setor, a soja em grãos apresentou ligeiro crescimento das vendas, de US$ 251 milhões para US$ 253 milhões, sempre na comparação com janeiro de 2008. A receita com a exportação de farelo de soja aumentou 36%, totalizando US$ 299,5 milhões. O óleo de soja foi o produto que influenciou negativamente nas exportações do complexo, registrando US$ 87 milhões, valor 62,6% inferior ao mesmo período do ano passado, resultado da combinação de redução de 50,5% do volume vendido com o recuo médio de 24,5% dos preços.
As vendas externas de carnes registraram retração de 26%, diminuindo de US$ 1 bilhão, em janeiro de 2008, para US$ 784 milhões no mês passado. A carne bovina in natura foi o produto que mais contribuiu para a queda do setor, registrando diminuição de 54% da receita que correspondeu ao valor de US$ 168 milhões. Esse valor é fruto da queda de 25% do preço médio e da redução de 38,4% do volume embarcado. A receita com as exportações de carne de frango in natura também registrou redução de 11,4%. Vale destacar que o valor exportado de carne suína in natura, por sua vez, aumentou em 9%, apesar da queda de 14,2%, em média, dos preços. O resultado foi consequência do incremento de 27% da quantidade vendida.
Destinos As exportações do agronegócio apresentaram taxas negativas de crescimento para praticamente todos os principais blocos econômicos e continentes, com exceção apenas da Ásia (+28%), Aladi (+19%) e Oceania (+103,7%). Em relação aos países, destaca-se o incremento das exportações para os seguintes destinos: Venezuela (+36%), China (10%), Bélgica (9%), Hong Kong (16%), Arábia Saudita (+30%), Coreia do Sul (+62%) e Índia (+145%).
Acumulado Nos últimos 12 meses, período entre fevereiro de 2008 a janeiro de 2009, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 71,3 bilhões, valor 20% acima do que foi exportado entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008. O superávit comercial acumulado nos últimos 12 meses foi de US$ 60 bilhões. Em reais, no mesmo período, o superávit foi de R$ 110 bilhões, valor 14,7% superior ao do período anterior quando o saldo positivo foi de R$ 96 bilhões.
Os setores que mais contribuíram para o incremento das exportações do agronegócio no período analisado foram: complexo soja (+53%), carnes (+23%), complexo sucroalcooleiro (29%), café (21%), fumo e seus produtos (+18%) e lácteos (+59,5%).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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