A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) defendeu hoje o "direito de regresso ao seu país" da militante saharaui dos direitos do Homem, Aminetu Haidar, em greve de fome desde há mais de três semanas em Lanzarote, Espanha.
"Tenho acompanhado a questão e estou particularmente preocupado com o estado de saúde" de Aminatu Haidar, declarou a senhora Navi Pillay, durante uma conferência em Genebra.
"Invoco o direito de Aminatu de regressar ao seu país ", acrescentou a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos exprimindo o seu desejo de que seja encontrada "uma solução rápida" para este problema.
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou também hoje à Espanha e Marrocos para que encontrem "todas as medidas" a fim de "facilitar uma resolução deste problema e pôr fim ao impasse actual".
Segundo o porta-voz do SG das Nações Unidas, Martin Nesirky, a ONU "examina os meios através dos quais a organização poderá ajudar a resolver a situação da Senhora Haidar".
Recorde-se que o Sahara Ocidental é a última colónia de África ainda por descolonizar. É considerado como território não-autónomo pela ONU desde 1966.
A última resolução do Conselho de Segurança da ONU (n.º 1871) pede às partes (Marrocos e a Frente Polisario) de "prosseguirem as negociações sob os auspícios do secretário-geral, sem condições prévias e de boa-fé, tendo em conta os esforços realizados desde 2006 e os factos novos surgidos desde então, com vista a encontrar uma solução política justa, duradour e mutuamente aceite que consagre a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental".
Marrocos e a Frente Polisario iniciaram desde Junho de 2007 negociações directas, sob a égide da ONU. Quatro sessões tiveram lugar em Manhasset, nos arredores de Nova Iorque, e uma reunião informal em Viena de Áustria, sem que se tenha conseguido qualquer tipo de avanço real.
Associação de Amizade Portugal Sahara Ocidental
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