O Governo de Moldava decidiu proceder a uma recontagem dos votos da eleição parlamentar no Domingo, ganho pelos Comunistas, no meio de protestos violentos em Chisinau. Os partidos igualmente concordaram fazer tudo possível para parar a violência, que deixou centenas de pessoas feridas, embora os líderes da oposição disseram que tinham perdido o controle da situação.
Os protestos em Chisinau começaram na segunda-feira, seguindo a vitória do Partido Comunista nas eleições legislativas de Domingo. Na terça-feira, as manifestações tornaram-se violentas. O presidente comunista Vladimir Voronin vai deixar a Presidência em 7 de Maio mas o Partido Comunista ganhou suficientes assentos no parlamento para poder eleger um sucessor sem os votos dos outros partidos.
Os milhares de manifestantes anticomunistas rodearam a residência presidencial e o edifício próximo do parlamento. A polícia retirou de ambos os edifícios materiais que estavam a arder e os amotinadores fizeram actos de pilhagem e de insurreição na rua.
Vândalos pintaram slogans anticomunistas nas paredes e penduraram bandeiras romenas e da UE da residência presidencial. 400 dos 800 guardas nos edifícios da administração presidencial ficaram feridos. O comitê central moldavo das eleições prometeu recontar os votos no prazo de 10 dias.
Mais cedo no dia, Voronin declarou que não havia nenhuma razão para uma revisão dos resultados, dizendo que os monitores da eleição não tinham observado nenhuma violação. Javier Solana, Represente da Política Externa da EU, declarou que as eleições tinham decorridas de acordo com as normas internacionais, opinião partilhada por Terry Davis, secretário-geral do Conselho da Europa.
Voronin, um de somente dois líderes comunistas na Europa com o presidente cipriota, serviu dois termos consecutivos desde sua eleição em 2001. Sob a constituição, é proibido de procurar um terceiro termo consecutivo.
Timofei BYELO
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