O assunto foi discutido, no Palácio da Alvorada, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Jose Luis Zapatero, no único compromisso da escala do espanhol no Brasil a caminho do Peru. Os presidentes vão aproveitar o encontro de cúpula para também formalizar acordo de cooperação trilateral com a Bolívia para viabilizar ações na área de saneamento em território boliviano.
O presidente Lula destacou as perspectivas de investimentos abertas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), além de ressaltar o potencial das novas reservas de gás e petróleo descobertas recentemente no País. O mandatário espanhol realçou a importância das economias brasileira e espanhola para as respectivas regiões. Espanha e Brasil são dois pilares essenciais, duas locomotivas da América Latina e da Europa, afirmou. Zapatero assegurou que as empresas espanholas estão muito satisfeitas com os resultados de sua atuação em território brasileiro e apostam em mais negócios no país.
Após o encontro, foi divulgada declaração conjunta que informa o desejo do presidente da Espanha em promover uma segunda fase de investimentos no Brasil, com ênfase nas pequenas e médias empresas. A Espanha está entre os três países que mais investem no Brasil, com recursos totais na ordem de US$ 20 bilhões.
A reunião de cúpula terá como temas centrais "pobreza, desigualdade e inclusão" e "meio ambiente, mudança do clima e energia". O encontro é precedido da reunião de chanceleres, que tem como temas "migração" e "diálogo intercultural".
Alemanha - Brasil e Alemanha reforçaram na quarta-feira (14), por meio de acordos, o compromisso de intensificar a cooperação bilateral nos setores energético e ambiental e de fortalecer a parceria estratégica na discussão de temas de interesse mútuo em foros multilaterais.
Os acordos foram assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela chanceler alemã, Angela Merkel, em visita ao Brasil. Os dois países renovaram a parceria estratégica estabelecida em 2002 na visita ao País do então chanceler Gerhard Schröder.
Os acordos prevêem cooperação no setor de energia com foco em energias renováveis e eficiência energética. Além de manter em vigor a cooperação bilateral para usos pacíficos da energia nuclear, com base em acordo assinado entre o Brasil e a Alemanha em 1975, os dois países criaram um grupo de trabalho para ampliar as discussões sobre biocombustíveis.
Na área ambiental, a Alemanha vai destinar 40 milhões de euros para financiamento de projetos de manejo florestal sustentável e de preservação de áreas protegidas na região
amazônica. Em reunião reservada, Lula e Merkel discutiram temas como biocombustíveis, mudanças climáticas, Rodada Doha e reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A chanceler Merkel manifestou interesse em conhecer as ações sociais do Governo brasileiro de combate à fome e à pobreza. A Alemanha é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa e o Brasil é o maior mercado para as exportações alemãs na América do Sul. Em 2007, o intercâmbio bilateral alcançou novo recorde, com o total de quase US$ 16bilhões (US$ 7,2 bilhões exportados pelo Brasil e US$ 8,6 bilhões exportados pela Alemanha). A Alemanha foi o quinto maior investidor direto no Brasil no ano passado com US$ 1,7 bilhão.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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