Após uma visita rápida à Albânia, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, chegou ontem a Sófia, Capital da Bulgária, última escala de um tour europeu que termina hoje. No domingo (10) em Tirana Bush heroicamente ameaçou agir sem um acordo com os russos pela independência da província sérvia Kosovo de maioria albanesa.
Se os americanos e europeus, favoráveis a independência do Kosovo, não chegarem rapidamente a acordo com os russos e os sérvios, que lhe são hóstis, devemos dizer: basta, o Kosovo é independente, declarou Bush numa conferência de imprensa em Tirana. Bush disse apoir a integração da Albânia na Nato.
Segundo a imprensa russa as declarações feitas na Albânia pelo presidente dos Estados Unidos sobre a necessidade "urgente" de uma independência para o Kosovo, "estão relacionadas com o começo da campanha eleitoral nos EUA".
O presidente da Rússia Vladimir Putin se reuniu neste domingo com o primeiro-ministro da Sérvia Vojislav Kostunica e perguntou a ele diante da imprensa se mudou a posição da Sérvia quanto ao futuro do Kosovo. Kostunica assegurou que "a posição da Sérvia continua invariável". E Putin acrescentou: "A da Rússia também".
O presidente russo insiste que o reconhecimento de uma independência do Kosovo, que representa 15% do território da Sérvia, violaria uma das normas básicas do direito internacional: o respeito à integridade territorial.
Desse modo, segundo o Putin, seria aberto um perigoso precedente para outros territórios e movimentos separatistas conseguirem a independência ilegalmente. Por isso, a Rússia vetará qualquer resolução da ONU nesse sentido. Putin, deixou recentemente patente sua postura ao negar que o caso do Kosovo seja diferente dos de outras regiões com movimentos separatistas, como a Abkházia, a Ossétia do Sul, a Transnístria e o País Basco - para os quais não há pressão internacional a favor de independência. Não entendemos por que teríamos que apoiar uma série de princípios em uma parte da Europa e outra em outras regiões do continente, disse Putin.
A Bulgária - país que não está incluído no polêmico projeto de segurança antimísseis americano no leste da Europa - pedirá um benefício do mesmo nível de segurança dos outros países da Otan.
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