O ex-ditador etíope Mengistu Haile Mariam foi hoje condenado a prisão perpétua por um tribunal etíope pelas atrocidades cometidas durante o seu regime militar-marxista (1977-1991). Porém, Mengistu não deve passar nem um dia atrás das grades, uma vez que agora ele vive confortavelmente no exílio, no Zimbábue.
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, afirmou que não vai deportar Mengistu contanto que ele se abstenha de qualquer atividade política.
Mengistu Haile e outros 11 réus, membros do Governo da ditadura, foram considerados culpados de genocídio, homicídio, encarceramento ilegal e confiscação ilegal de propriedade privada pelo Tribunal Federal Superior da Etiópia a 12 de Dezembro.
Parentes das vítimas do governo de Mengistu disseram que a sentença deveria ter sido mais dura: morte. O promotor chefe Yosef Kiros também afirmou que deveria ter sido aplicada a pena de morte, e acrescentou que os promotores devem apelar da sentença.
"É uma vitória para Mengistu", afirmou Mulugeta Aserate, primo do imperador Haile Selassie, que foi derrubado pela junta militar de Mengistu, em 1974. "Essas pessoas deveriam ter sido condenadas à morte pelo assassinato em massa de cidadãos etíopes."
O processo judicial durou 12 anos com início a 13 de Dezembro de 1994 -, período em que as audiências foram adiadas várias vezes, a pedido tanto da defesa como da Promotoria
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter