Na madrugada de sábado Saddam Hussein foi executado por enforcamento. Tinha 69 anos. A informação foi confirmada pelo vice-ministro iraquiano dos negócios estrangeiros, Labeed Abawi.O conselheiro de Segurança Nacional, Muafaq al Rubaí, revelou que Saddam não teve medo e não resistiu. Conhecem-se poucos detalhes, mas a execução foi filmada.
Há entretanto contradições sobre a execução do irmão do ditador deposto, Barzan al Tikriti, e um antigo juiz aliado de Saddam, Aouad al Bandar. A televisão al arábia noticiou que ambos teriam sido enforcados, mas responsáveis iraquianos desmentiram essa informação no canal público iraquiano.
As forças de coligação no Iraque estão em alerta máximo. Ao amanhecer a capital estava calma sem quaisquer indicações de violência. O departamento de segurança norte-americano pediu aos civis para que se mantenham vigilantes perante a possibilidade de atentados como resultado da execução.
O antigo chefe de Estado governou o Iraque entre 1979 e 2003, até o seu regime ter sido derrubado pelas forças norte-americanas. Algumas horas antes da execução de Saddam Hussein, o chefe da equipa responsável pela defesa do antigo ditador, Jalil Al Duleimi insistiu que o processo contra o antigo chefe de estado representou "uma flagrante violação da legislação internacional e da convenção de genebra". O responsável advertiu ainda que os estados Unidos cometeriam um erro grave se levassem avante o enforcamento. Por fim profetizou que a morte de Saddam vai avivar a resistência.
O ministério de Relações Exteriores da Rússia lamentou neste sábado (30) a execução em Bagdá do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, ao destacar que todos os pedidos internacionais de clemência foram ignorados, segundo a agência Interfax.
"Desafortunadamente, os numerosos pedidos de vários países e organizações internacionais às autoridades iraquianas para que não se aplicasse a pena capital não foram ouvidos", disse um porta-voz do ministério citado pela agência.
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