O alerta de segurança na Grã-Bretanha ocorre 13 meses após quatro homens-bomba islâmicos britânicos terem matado 52 pessoas e ferido cerca de 700 na rede de transporte público de Londres.
No mês passado, o grupo militante Al-Qaeda convocou os muçulmanos a combater aqueles que apoiavam os ataques de Israel contra o Líbano e advertiu que mais ataques seriam realizados a menos que as forças norte-americanas e britânicas deixassem o Iraque e o Afeganistão.
A Al-Qaeda sequestrou aviões de passageiros em setembro de 2001 para destruir o World Trade Center, em Nova York, e o militante britânico Richard Reid foi preso em dezembro de 2001 após tentar explodir um avião que voava rumo aos EUA.
A Grã-Bretanha tem sido criticada por militantes islâmicos por suas campanhas militares no Iraque e no Afeganistão. O primeiro-ministro Tony Blair também tem sido atacado em seu país e no exterior por ter acompanhado os EUA ao não pedir um cessar-fogo imediato entre Israel e a milícia libanesa Hizbollah.
Num discurso na quarta-feira, Reid disse que o país estava vivendo o mais longo período sob grave ameaça desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e advertiu que não há condições de ser complacente. O gabinete de Tony Blair disse que o primeiro-ministro, de férias no Caribe, havia explicado ao presidente norte-americano, George W. Bush, os detalhes da operação durante a noite e que estava em constante contato com Londres sobre a situação.
O especialista em terrorismo Paul Beaver disse que a bagagem de mão é um ponto fraco na segurança dos aeroportos. "As bagagens despachadas e carga podem ser 'farejadas' em busca de explosivos. Você não pode fazer isso atualmente com a bagagem de mão. A tecnologia existe, mas o processo consome tempo e é caro", explicou.
Beaver disse que a natureza do eventual plano sugere uma ligação com a Al-Qaeda. "Nos últimos dois meses, a Al-Qaeda prometeu que vingaria o Iraque e o Afeganistão atacando alvos da aviação britânica e norte-americana -- eu vejo uma ligação direta com isso", observou.
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