Israel suspendeu por 48 horas os raides aéreos no Sul do Líbano, informa Reuters. Uma decisão tomada na sequência do bombardeamento da aldeia de Caná, onde morreram cerca de 60 pessoas, na maioria mulheres e crianças.
A trégua parcial e unilateral permitirá realizar uma investigação ao ataque. Israel vai também coordenar com a ONU um período de 24 horas para permitir a saída de civis do Sul do Líbano.
O primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, disse hoje a uma emissora de televisão americana que desde o início dos ataques morreram mais de 700 civis e outros três mil ficaram feridas em seu país. Milhares de libaneses manifestaram-se também no centro de Beirute para denunciar o ataque israelita, queimando bendeiras americnas e gritando Morte à América. Juntaram-se às centenas de jovens em cólera que antes tinham cercado as instalações da ONU na cidade.
Reagindo ao bombardeamento de Caná, a ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, lamentou "a perda de vidas inocentes" e garantiu que haverá "uma investigação completa".
Mas Israel justifica-se já, acusando o Hezbollah de usar civis libaneses como escudo humano. Um vídeo divulgado pelo Tsahal mostra alegados lançamentos de "rockets" a partir de Canaã, após os quais guerrilheiros do movimento xiita libanês se terão supostamente escondido em edifícios civis.
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