O fundador da Microsoft, Bill Gates, prometeu hoje na Cidade do Cabo, África do Sul, que o gigante norte-americano de software proporcionará formação informática a baixo custo a mais de 45 milhões de africanos nos próximos seis anos. Gates estabeleceu para o continente africano metas semelhantes às que foram traçadas em programas lançados pela Microsoft no México e no Chile, e que passam por colocar as tecnologias de informação ao alcance dos mais desfavorecidos.
Segundo diz Diário Digital o ainda presidente da Microsoft revelou que a sua missão é instalar pontos de acesso à Internet em 600 mil escolas em todo o continente africano, bem como desenvolver programas em mais línguas africanas, de forma a que os mais pobres possam ter acesso à «auto-estrada da informação». Com o Windows já disponível nas línguas zulu, afrikaans, Kiswahili e Setswana, a Microsoft afirma agora que está a desenvolver o sistema operativo em Amharic (falado na Etiópia), Ausa, Yoruba e Igbo (Nigéria), IxiXhosa e Sesotho (África do Sul), Kinyarwanda (Ruanda) e Wolof (do Senegal), prevendo o seu lançamento global no próximo ano.
Gates anunciou ainda um acordo com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), cujo director-geral, Kandeh Yumkhela, está também no Cabo, que permitirá desenvolver as tecnologias de informação em África, particularmente ao nível das pequenas e médias empresas. «As pequenas e médias empresas são o motor por detrás da criação de novos e melhores postos de trabalho, bem como o verdadeiro estímulo à criatividade, competitividade e inovação, disse durante o encontro Kandeh Yumkhela.
Referindo-se à necessidade de tornar a Internet acessível a milhões de africanos, Bill Gates referiu que novas tecnologias em estudo neste momento deverão permitir expandir a Internet quer às zonas urbanas quer ao mundo rural dentro de poucos anos a baixo custo. Salientando que em muitas e vastas regiões do continente não existem nem redes energéticas nem telefónicas, Gates apontou as redes sem fios como a solução do futuro, calculando que dentro de 5 a 10 anos elas levarão a Internet aos mais recônditos lugares e regiões, segundo diz Diário Digital.
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