Três anos antes da invasão para libertar o povo iraquiano, nem sequer têm liberdade para irem ao mercado comprar feijão
No Sábado, 66 pessoas morreram e mais que 100 ficaram feridos numa explosão no subúrbio Xiita da Cidade de Sadr, Bagdade, apesar do novo plano de segurança ter entrado em acção há três semanas.
Este plano de segurança envolve dezenas de milhares de polícias e tropas iraquianos e estrangeiros nas ruas das principais cidades e nas artérias rodoviárias. Se o Iraque ainda precisa de dezenas de milhares de tropas nas ruas, é uma admissão que a invasão falhou espectacularmente. Tiraram um homem do poder à força e destabilizaram o país e a região.
Mas é precisamente o plano de segurança que coloca em causa as vidas dos cidadãos: estabelecendo postos militares pelo país fora cria uma acumulação de veículos e pessoas, os alvos preferenciais dos terroristas.
Pela primeira vez, aparece o grupo Apoiantes do Povo Sunnita, que reclamou responsabilidade pelo atentado de Sábado contra o Exército Mahdi, Xiita.
Pela primeira vez, começaram a ser raptados figuras políticas, que têm de viajar com dezenas de guarda-costas: no Sábado, foi a deputada Sunnita Taiseer al-Mashhadani e sete guarda-costas, que ainda estão desaparecidos e hoje, foi o Vice-Ministro de Electricidade, Raad al-Harith .
Na Segunda-feira, caíram morteiros perto de uma mesquita Sunnita em Adhamiya, no norte de Bagdade, provocando escaramuças entre Sunnitas e Xiitas mais um incidente que se pode testemunhar todos os dias em várias localidades do país.
A morte de Al-Zarqawi afinal não produziu nenhuma melhoria na situação de insegurança total que o Iraque e os iraquianos vivem. A sua vida foi tornada num pesadelo, graças à miopia geopolítica de George W. Bush e seu regime de elitistas corporativos.
Ivan PODGORNY
PRAVDA.Ru
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