Esportistas e ex-atletas por um Brasil democrático e antirracista
Brasília, 10 jun (Prensa Latina) O grupo Esporte para a Democracia, formado por esportistas, ex-atletas, jornalistas, comentaristas e árbitros do Brasil, apresentou um manifesto em defesa dos direitos humanos, da liberdade de imprensa, da diversidade e outros valores democráticos, foi divulgado hoje.
A declaração pretende mostrar uma posição perante a pandemia de Covid-19, a falta de respeito à Constituição e a banalização das vidas dos negros, indica o portal Brasil de Fato.
Afirma que, com este manifesto, os membros do grupo usam com firmeza a camisa do Brasil.
Do mesmo modo, não estão isentos de mostrar 'sua opinião sobre os episódios de racismo, a destruição da saúde pública e de representar a insatisfação perante o que observam como a adoção de medidas autoritárias para destruir a democracia'.
O documento destaca a obrigação do esporte de se posicionar frente a marginalização da população negra, indígena e periférica, que tem sofrido os efeitos da Covid-19 e da crise sanitária, social e econômica.
Além disso, a nota reconhece o papel importante dos atletas negros no país para a história dos esportes e o reconhecimento do Brasil como referência em várias disciplinas.
Apesar de não mencionar diretamente o presidente Jair Bolsonaro, o texto critica o ataque às instituições democráticas, as ameaças ditatoriais; o desprezo a educação, cultura e ciência; bem como o 'desprezo às recomendações básicas de saúde por parte daqueles que deveriam dar exemplo à população'.
Com uma mobilização em um aplicativo de mensagens e cerca de 90 nomes nasceu o grupo, focado em organizar esta voz política antirracista nos esportes.
O movimento começou após a morte de George Floyd, homem negro assassinado pela polícia nos Estados Unidos, e do menino João Pedro, de 14 anos, quem foi ultimado dentro de sua própria casa por agentes da ordem em uma favela do Rio de Janeiro.
Figuram entre seus membros a ex-nadadora Joanna Maranhão, gerente do Departamento de Turismo, Esportes e Lazer da cidade de Recife; Juninho Pernambucano, jogador de futebol, e o pentatleta e medalhista olímpico Yane Marques.
Em seu relato na rede social Instagram, Maranhão declarou que 'não há esporte sem uma luta pela democracia. Não há democracia em uma sociedade racista. Ainda que o sistema esportivo se retroalimente com o silêncio e a conivência dos atletas, estamos aqui para falar'.
ga/ocs/jp
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