O meia do clube Bahía ( série C ) Cléberson Luciano Frolich ( Cléber), de 31 anos, depois de ter a morte cerebral diagnosticada ontem (20), em Salvador, morreu no mesmo dia à tarde. Foi dois meses internado, vítima de um aneurisma cerebral, informa Agência Estado. A família de Cléber decidiu doar os órgãos do atleta, tão logo os aparelhos sejam desligados.
Segundo o vice-presidente médico do Bahia, Marcos Lopes, que acompanhou a evolução clínica do atleta desde o início, o quadro geral de Cléber mantinha-se grave - o jogador nunca saiu do coma depois de sofrer o aneurisma -, mas estável até dez dias atrás, quando ele foi acometido de uma meningite, no Hospital Espanhol, em Salvador, para onde foi transferido em 31 de outubro.
Na tarde de quarta-feira, Cléber sofreu mais um aneurisma e a equipe médica que o acompanha declarou que seu estado de saúde era crítico. Marco Lopes afirmou que, apesar do diagnóstico de morte cerebral, o coração do jogador continua batendo, animado por equipamentos externos, e há sinais vitais em alguns órgãos.
Já hoje o corpo deve ser transladado para Novo Hamburgo (RS), onde ele nasceu. A diretoria do Bahia comprometeu-se a arcar com o transporte e com as passagens dos familiares que acompanhavam o jogador. Em um comunicado, a diretoria manifestou "os mais profundos sentimentos de pêsames e solidariedade aos familiares do atleta", tido pelo clube como um "profissional exemplar, cumpridor de suas obrigações".
"(Cléber era) extremamente dedicado em treinos e jogos, além de manter um relacionamento de respeito e educação, com todos os funcionários do clube, independente de cargo ou função", completa a nota.
HISTÓRICO - Nascido em 13 de julho de 1976, Cléber era casado e tinha duas filhas - de 1 e 4 anos. Começou no futebol jogando no XV de Novembro de Campo Bom (RS). Ainda em gramados gaúchos, defendeu Ulbra, Grêmio e Juventude, depois foi para o Paraná, onde atuou no Toledo e no Coritiba. Em São Paulo, passou por Mogi Mirim e Portuguesa.
Neste ano, ele defendeu o Vitória no Campeonato Baiano. Pouco aproveitado pelo então técnico Givanildo Oliveira, Cléber foi jogar pelo rival Bahia na Série C do Brasileiro. A última partida em que atuou foi em 3 de outubro, na vitória sobre o Fast, por 1 a 0, na Fonte Nova. O jogo marcou a classificação do time baiano ao octogonal decisivo do campeonato.
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