Cientistas estudam aquecimento global em metrópoles
Identificar os riscos do aquecimento global nas duas megacidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo, mas também os benefícios em segurança e desenvolvimento socioeconômico das ações de adaptação e mitigação. Estes são os objetivos do estudo liderado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estão promovendo dois painéis de especialistas internacionais e nacionais.
Estes estudos poderão ser usados no Plano Nacional de Mudanças Climáticas e nos planos estaduais. Para o mapeamento das vulnerabilidades será utilizada uma base de dados georreferenciada das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio, com informações sobre climatologia, poluição ambiental, relevo, hidrografia, áreas de proteção, uso e ocupação da terra, expansão urbana, áreas de inundação e risco de deslizamento, dados censitários e socioeconômicos, informações de saúde, entre outras. Preparada pelas equipes do Inpe e da Unicamp, a base utiliza os dados destas instituições e também de outras.
As duas regiões metropolitanas concentram aproximadamente 16% da população do País e os resultados são importantes para outras regiões. O Brasil tem mais de 80% de sua população em áreas urbanas e possui dezenas de cidades com mais de 500 mil habitantes. Para os cientistas, as recentes catástrofes em várias cidades brasileiras revelam que ações mitigadoras são imperativas para o desenvolvimento sustentável do País.
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Os encontros vão de 13 a 15 deste mês, na Escola Nacional de Botânica Tropical, no Rio de Janeiro, e de 20 a 22 de julho, na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).