O património histórico-cultural de Angola e a problemática da sua conservação e restauração é o tema da comunicação, a ser apresentada hoje, pelo Embaixador-delegado permanente de Angola junto da UNESCO, Almerindo Jaka Jamba, num debate organizado pela Fundação Luso-Africana para a Cultura (FLAC).
O convite para esta palestra, que terá lugar no Real Clube Tauromáquico Português, foi formulado pelo Presidente da FLAC, Jaime Nogueira Pinto, no quadro da promoção das relações Portugal-Angola. Aquela Fundação promove actualmente uma série de conferências com a participação de personalidades angolanas destinadas a um auditório seleccionado de quadros portugueses políticos, empresários, altos funcionários civis e militares, intelectuais, dentre outros.
O Embaixador-delegado Permanente de Angola junto da UNESCO explicou que a sua palestra aborda a noção da salvaguarda do Património Cultural Material e Imaterial angolano como esforço de preservação da herança comum universal, que passa necessariamente pela compreensão das nossas histórias individuais e colectivas.
Para o palestrante, essa abordagem envolve duas dimensões, a dimensão material e a dimensão imaterial do património Cultural, enquadrando-se na primeira os monumentos, complexos históricos e sítios e na segunda as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões assim como os instrumentos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados.
Jaka Jamba acrescentou que apesar de existirem certas limitações em termos de recursos humanos e financeiros, o Ministério da Cultura tem tomado v á rias iniciativas tendentes à reiventariaç ã o do rico e diverso Patrim ó nio Hist ó rico-Cultural do pa í s.
Neste empreendimento, o Ministério da Cultura tem também beneficiado da cooperação internacional, no seio da qual se destaca a UNESCO, com a qual Angola assinou um acordo de cooperação no domínio da protecção do Património Cultural e os seus ó rg ã os consultivos, com destaque para o ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e S í tios). É assim que peritos da UNESCO têm trabalhado lado a lado com os especialistas angolanos, o que tem permitido uma melhor elaboração da lista indicativa dos bens culturais em Angola.
De realçar que, em Dezembro de 2007, foi realizada uma missão conjunta UNESCO-ICOMOS a Mbanza Kongo, a fim de avaliar o valor universal excepcional deste complexo histórico e que visa a apresentação do dossier de candidatura do Centro Histórico de Mbanza Kongo ao Comité do Património Mundial da UNESCO, para a sua inscrição na lista do Património Mundial.
Fonte: UNESCO Angola
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