A polícia do Rio de Janeiro realizou ontem a acareação entre os cinco presos por assassinar o menino João Hélio Fernandes, 6 anos. Segundo o titular da unidade 30ª DP (Marechal Hermes), Hércules Nascimento, os jovens ( Diego da Silva, 18 anos, Carlos Eduardo Toledo Lima, 23 anos, Tiago Abreu Matos, 19 anos, Carlos Roberto da Silva, 21 anos, e o adolescente de 16 anos) trocaram acusações entre si.
O carro da mãe de João Hélio, foi abordado por um táxi com cinco bandidos. De acordo com a polícia, três entraram no veículo, após o roubo, e dois permaneceriam no táxi. O delegado Nascimento garantiu que os quatro maiores de idade serão indiciados por latrocínio Ele disse que não foi possível descobrir quais os rapazes estavam no veículo que arrastou o garoto por sete quilômetros na última quarta-feira.
De acordo com Nascimento, apenas um deles nega participação no crime: Carlos Eduardo, suspeito de dirigir o veículo. Ele garantiu à polícia que não sabe guiar. "Eu quero morrer pior que o João Hélio se eu estiver envolvido no crime". Carlos Edurado disse ainda que a polícia está tentando implicá-lo porque tem antecedentes criminais.
Mas segundo a polícia não há dúvidas que Dudu era o motorista. A informação é do delegado adjunto da 30ª DP, Adilson Palácio, que investiga o caso. Durante a acareação, Carlos Eduardo não demonstrou compaixão nenhuma. O delegado também disse que o suspeito é o mais articulado do grupo, além de ser o mais frio. Para ele, Dudu - como é chamado pelos outros da quadrilha - seria o cérebro do grupo
O delegado Alexandre Capote, que participa das investigações, também falou com a imprensa e disse que tem provas de que todos os suspeitos estão envolvidos com o crime e que todos viram que o menino estava sendo arrastado pelo carro.
Diego, Tiago e Carlos Roberto chegaram à 30ª DP (Marechal Hermes) por volta das 14h e foram recebidos pela população com gritos de "assassinos". Carlos Eduardo chegou cerca de 40 minutos depois. O adolescente de 16 anos chegou em uma ambulância, por volta das 15h30 à delegacia.
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro montou um esquema especial para o trânsito na entrada da delegacia para evitar a aproximação de curiosos. Havia quatro carros da Polícia Militar, uma moto e pelo menos 20 policiais fazendo a segurança. A polícia pretende realizar, ainda esta semana, a reconstituição do assassinato. O trabalho vai contar com a colaboração de testemunhas. Inspetores devem percorrer as 13 ruas por onde a criança foi arrastada de carro, nos bairros de Osvaldo Cruz, Campinho, Madureira e Casaca Dura, na zona norte.
Fonte: Terra, G-1
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter