O mesmo "choque" aplicado à agricultura paulista foi responsável pelo sucateamento e pelo abandono do setor.
Em 2005, a gestão do PSDB em São Paulo destinou apenas R$ 573,2 milhões à Secretaria de Agricultura, menos de 0,8% do orçamento do Estado. Desse total, 30% foram desviados para outras finalidades.
Como não dava para privatizar, como fizeram com as empresas estatais paulistas, a política agrícola dos tucanos resumiu-se a municipalizar 73% das 594 Casas de Agricultura existentes, ou seja, transferiram para os prefeitos uma responsabilidade que deveria ser do governo do estado.
Os municípios receberam o ônus, mas não viram a cor do dinheiro, o que levou à precarização dos serviços, prejudicando os produtores rurais, especialmente os pequenos.
Os quinze anos sem concurso público e o arrocho no salário dos servidores provocaram o esvaziamento dos quadros da assistência técnica e defesa agropecuária do estado, dificultando a fiscalização das fronteiras para evitar a entrada da febre aftosa.
A falta de assistência técnica impede que muitos pequenos produtores paulistas acessem os créditos do Pronaf. É por isso que, apesar de ser o estado mais rico da federação, São Paulo ficou atrás de vários outros estados nos contratos do Pronaf, em 2005.
Geraldo Alckmin não tem compromisso a reforma agrária
Da meta de 8 mil famílias que prometeu assentar em terras do governo do estado entre 2003 e 2006, só assentou 685, sendo que, destas, 136 foram assentadas integralmente com recursos do governo federal.
Além de não investir nos assentamentos rurais de São Paulo, seu governo não aplicou os recursos disponibilizados pelo Incra para arrecadação de terras devolutas para assentamento no Pontal do Paranapanema.
Dos R$ 67,8 milhões disponibilizados entre 2003 e 2005, foram utilizados somente R$ 16,4 milhões. Não bastasse, a marca do governo tucano foi perseguir e criminalizar os movimentos sociais de luta pela terra.
Lula investe na agricultura e na reforma agrária
O governo Lula está investindo no desenvolvimento do campo brasileiro. Aos poucos, estamos superando a herança maldita do governo FHC, que abandonou a agricultura e a reforma agrária.
Lula ampliou, democratizou e distribuiu de forma mais equilibrada entre as diferentes regiões os recursos destinados ao crédito agrícola.
Os recursos para a agricultura empresarial passaram de R$ 37 bilhões, na safra 2002/2003, para R$ 50 bilhões na safra 2006/2007.
No caso da agricultura familiar, os recursos cresceram de R$ 2,2 bilhões, na safra 2002/2003, para R$ 10 bilhões na safra 2006/2007.
Mais de 900 mil famílias foram incluídas no sistema de crédito.
Para apoiar a comercialização agrícola, Lula criou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que aplicou R$ 735 milhões na compra de produtos de 239 mil famílias de agricultores, que serviram para matar a fome de cerca de 7,5 milhões de pessoas, entre 2003 e 2005.
O governo Lula recuperou a política de garantia de preços mínimos, investindo mais de R$ 3,1 bilhões entre 2003 e junho de 2006. Além disso, levou assistência técnica e extensão rural, para todo o território brasileiro.
A Embrapa, sucateada pelos tucanos, esta sendo recuperada, sendo que os recursos para a pesquisa ultrapassaram R$ 1 bilhão em 2006.
Reconhecendo as dificuldades vividas pela agricultura em função das condições adversas de clima e preços no mercado internacional, o governo Lula promoveu a renegociação das dívidas agrícolas e criou o Seguro da Agricultura Familiar e o Programa Garantia-Safra na região do Semi-Árido em apoio a mais de 900 mil famílias de pequenos agricultores, especialmente os situados abaixo da linha de pobreza.
Na agricultura empresarial, Lula aperfeiçoou o Proagro e o institui o Programa de Subsídio ao Prêmio do Risco Rural. Nos dois últimos anos, as coberturas ao Seguro da Agricultura Familiar, ao Garantia Safra e ao Proagro devem chegar a R$ 2 bilhões.
O governo Lula criou o programa de biodiesel que, além de possibilitar que o Brasil se torne uma potência na produção dos biocombustíveis, gera emprego e renda no campo. Nessa primeira fase, mais de 200 mil famílias estão envolvidas na cadeia produtiva do biodiesel.
Ao lançar o II Plano Nacional de Reforma Agrária, Lula reafirmou seu compromisso com o fim do latifúndio.
Mais do que destinar 23 milhões de hectares e distribuir terra a cerca de 280 mil famílias, Lula está investindo na reforma agrária de qualidade. Além disso, ao contrário dos governos tucanos, Lula aposta no diálogo com os movimentos sociais.
Fonte: PT
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