O principal partido da oposição, o MLSTP/PSD, considera que o país está a correr sérios riscos. A sua juventude promete sair a rua esta quarta feira numa manifestação de protesto.
O Governo através das autoridades que administram o porto e a alfândega de São Tomé e Príncipe, já veio reforçar as declarações dos outros membros do executivo a dar conta que não houve qualquer ordem para depositar lixo no arquipélago, mas o debate parece não ter fim a vista. O principal partido da oposição, o MLSTP/PSD, considera que o país está a correr sérios riscos. A sua juventude promete sair a rua esta quarta feira numa manifestação de protesto.
Numa conferência de imprensa, conjunta o Director Administrativo da ENAPORT Celestino Cardoso e a Directora das Alfândegas Ilza Amado Vaz, anunciaram que houve um pedido da agência dos 7 navios ancorados ao largo de São Tomé, para execução de operações de transbordo de cargas e mercadorias para as plataformas petrolíferas no golfo da Guiné.
Na conferência de imprensa orientada, claro está pelo Governo, os dois directores, confirmaram também que a agência de navegação marítima, designada Supermaritime, solicitou a disponibilidade das autoridades nacionais para deixarem nas ilhas verdes algum lixo, que têm provavelmente nos porões. « Disseram-nos que viria nos respectivos navios lixos que eles consideravam domésticos e nós dissemos que não autorizamos a entrada de lixos porque não é uma mercadoria transaccional », afirmou Ilza Amado Vaz, na qualidade de Directora das Alfândegas de São Tomé e Príncipe.
O Director da Empresa que administra os portos, também confirma o pedido das embarcações para dar um jeito ao seu lixo. « A agência realmente solicitou o depósito de 20 metros cúbicos de lixo, considerados de restos de comidas e outros utensílios que utilizavam no navio, e o conselho de ministros previamente não aceitou a entrada do lixo e aceitou apenas fazer algumas operações que estamos a realizar », reforçou Celestino Cardoso.
Por sua vez a Directora das Alfandegas enumerou as operações em curso, que começaram no dia 19 de Outubro e que devem durar 15 dias. « A Supermaritime, solicitou a possibilidade de fazer algumas operações, tais como transbordo de mercadorias e equipamentos a serem utilizados nas plataformas, do navio mãe para o navio menor. Também a possibilidade de transferir a tripulação que viria nos navios para o avião », esclareceu, Ilza Amado Vaz.
Operações navais que ainda decorrem no país, e que segundo o Director Administrativo da ENAPORT, Celestino Cardoso, são fundamentais para a economia nacional. Os cofres do estado estão a receber importante injecção de capital. « Por exemplo num dos navios em apenas 2 dias a ENAPORT cobrou 15 mil dólares. Seria bom se o navio ficasse cá por mais tempo para arrecadarmos mais receitas », enfatizou o responsável da ENAPORT.
Quem não se convence com estes argumentos do executivo e das direcções sobre a sua tutela, é o maior partido político da oposição, o MLSTP/PSD. Reunido em Conselho Nacional , a antiga força política no poder, orientou a sua comissão política a exigir a sua representação parlamentar que seja criada uma comissão de inquérito para chegar a verdade sobre o conteúdo do lixo. O comunicado do conselho nacional lido pelo porta-voz António Quintas, alerta as instituições internacionais ligadas a matéria ambiental a tomar medidas para evitar que um arquipélago desprotegido como é São Tomé e Príncipe venha a ser infestado com resíduos perigosos.
Na última segunda feira o governo em conselho de ministros, reagiu ao comunicado do maior partido da oposição considerado que ele está enfermo de falsidades. Terça-feira o MLSTP/PSD convoca uma conferência de imprensa para mostrar contrariedades do executivo a volta do lixo. Ainda por causa do lixo, a Juventude do MLSTP/PSD, promete sair a rua esta quarta-feira, para protestar.
Suahills Dendê
STP
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