A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo listou mais de 400 contas movimentadas pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) , criadas com o objetivo de movimentar a receita obtida com o tráfico de drogas.
As contas bancárias foram abertas em cinco Estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Goiás.
Foram descobertas também movimentações financeiras no Paraguai. No Rio de Janeiro a polícia acredita que o PCC movimente as contas em conjunto com o Comando Vermelho. No Paraguai as contas são movimentadas pelo telefone.
O Governo federal tentará bloquear as movimentações bancárias. As contas estariam no nome de 110 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas e contrabando de armas. Na última quinta-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, entregou a autoridades federais e estaduais uma lista com 412 contas bancárias, ao menos 980 números telefônicos e 110 nomes ligados à facção criminosa PCC.
Os dados foram entregues para dois órgãos do Ministério da Justiça, Conselho de Controle de Atividades Financeiros (Coaf) e Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).
O secretário não quis dar detalhes de qual seria o montante em dinheiro que essas contas movimentariam. "Nós só trouxemos, num primeiro momento, a relação de pessoas físicas. As empresas, que nós temos também, falamos que vamos trazer tudo rastreado na próxima reunião", afirmou o secretário.
No relatório entregue pelo secretário constam 110 nomes com fotografia, nome do pai e da mãe e CPF. Todos os listados são ligados ao PCC, acusados de lavagem de dinheiro. Sobre as 412 contas bancárias, o secretário disse que pode haver "terceiros de boa-fé" que acabaram envolvidos sem saber.
Saulo Abreu, informou que amanhã, na próxima reunião do do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), em São Paulo, deverá entregar ao Coaf, vinculado ao Ministério da Fazenda, e ao DRCI, vinculado ao Ministério da Justiça, listagem de empresas usadas pelo PCC para lavar dinheiro.
O bloqueio das contas não é imediato, exige autorização judicial, que é dada somente após a comprovação de que os titulares estão associados ao crime organizado. Saulo pediu mais envolvimento do Ministério Público Federal e da Justiça Federal nesse trabalho de localizar e bloquear as contas do crime organizado.
Com Agências de notícias
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter