A crise financeira e bancária está mostrando sinais tangíveis de recuperação, de acordo com os Presidentes dos Bancos Centrais dos países do MERCOSUL na América Latina. No entanto, nem tudo pode ser um mar de rosas na economia do E.U.A., onde uma aparente recuperação poderia muito bem se transformar em um duplo mergulho.
A reunião em Ponta del Este, no Uruguai, a 140 km de Montevidéu, reuniu os representantes dos Bancos Centrais da Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai e Venezuela, como futuro membro do Mercado Comun del Sur (MERCOSUR/SUL), ou Mercado Comum do Sul.
A declaração final do encontro afirmou que, embora existam sinais positivos, os bancos centrais precisam continuar a ser prudentes mantendo um olho sobre as flutuações nos mercados monetários e taxas de câmbios, ao mesmo tempo que sublinhou a necessidade de iniciar um período de consolidação. O papel responsável e activo desempenhado pelos Bancos Centrais do Mercosul e Estados associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru) também foi salientado.
Quanto ao futuro, os analistas estão mantendo um prognóstico reservado, pois, dado que as economias da região sofrem forte influência da economia dos Estados Unidos da América, o que acontece neste país tem consequências profundas sobre as economias dos seus vizinhos ao sul.
Apesar de os macro-economistas concordarem que, tecnicamente, o E.U.A. está saindo de uma recessão acentuada, o fato é que os micro-indicadores económicos continuam a dar sinais mistos, como se houvesse duas economias paralelas - uma real com as más notícias e outra pseudo-laboratorial com a boa notícia. Os micro-indicadores económicos apontam para um país que não está saindo de uma recessão, mas sim ameaça confirmar os piores temores de todos - um duplo mergulho, o que significa que pode estar enfrentando uma depressão profunda e prolongada.
Negócios entre PMEs são lentos, senão quase paralisados, a produção está caindo, o desemprego é oficialmente 10,2 por cento, mas o número real, se contarmos os empregados a tempo parcial, salta para 17,5 por cento.
Indicadores preocupantes para 2010 não só para os E.U.A., mas também para a América Latina e o resto do mundo.
Lisa Karpova
PRAVDA.Ru
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