O ato público será realizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Além dos geólogos cujos estudos foram responsáveis pela descoberta, o evento será marcado pela participação de lideranças de diversos setores, como congressistas, ministros, empresários, trabalhadores, intelectuais e artistas. Em seguida, os projetos apresentados serão encaminhados ao Congresso para que as mudanças sejam debatidas e transformadas em leis para regular a exploração e produção de gás e petróleo.
Pela atual avaliação do Pré-sal, o Brasil poderá atingir, em 2015, a produção média de aproximadamente 3,4 milhões de barris/dia de petróleo. Pelos dados atuais, considera-se que o maior potencial esteja na Bacia de Santos, no Litoral dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A exploração fica a cerca de 250 quilômetros de distância da costa. No local, já foram perfurados 14 poços, que resultaram em 13 descobertas. O volume de apenas três das descobertas anunciadas, até o momento, é estimado entre 9,5 e 14 bilhões de barris. Esse volume já garante o dobro das atuais reservas.
Novas tecnologias - Para chegar a tais descobertas foram desenvolvidas novas tecnologias, suficientes para atravessar a camada salina, que, em alguns trechos, chega a possuir em torno de dois mil metros de espessura. A profunidade da camada de sal varia de 800 a três mil metros abaixo do nível do mar, em águas profundas e ultra-profundas.
Estudos do BNDES indicam a necessidade de investimentos de 80 milhões de dólares nos próximos dez anos. Como se trata de riqueza, haverá lucros, que serão, em parte, depositados em um fundo especial, destinado ao combate à pobreza. Em princípio, a Petrobras terá participação mínima de 30% dos custos e lucros que as empresas tiverem no negócio.
Outras mudanças nas regras de exploração e produção na área do Pré-sal serão lançadas pelo próprio presidente da República. Uma das novidades será a criação de uma empresa pública, ainda sem nome definido. O novo modelo será em regime de partilha da produção e a empresa será responsável pela gestão dos contratos de partilha, de produção e de comercialização de petróleo e gás na área do Pré-sal. Pelo sistema, a União poderá contratar diretamente a Petrobras ou, por meio de licitação, empresas nacionais ou internacionais.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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