Rio, 18 de dezembro de 2007
O Sistema Firjan estima em 5% o crescimento das vendas em 2007, impulsionado pelas condições mais favoráveis da economia ao longo deste ano. A pesquisa Indicadores Industriais de novembro, divulgada nesta quarta-feira, dia 18, mostrou alta das vendas reais de 2,7% frente a outubro e de 7,3% sobre igual mês de 2006. Com o ajuste sazonal (procedimento estatístico que retira os efeitos de variações típicas de determinada época do ano), a indústria registrou crescimento de 5,5% no penúltimo mês deste ano em relação a outubro último.
O resultado reflete, em parte, a demanda de fim de ano, beneficiada pela conjunção do bom momento econômico e de mais acesso ao crédito, conforme avaliação de Luciana de Sá, diretora de Desenvolvimento Econômico do Sistema Firjan. Ela acrescentou que a conclusão de grandes encomendas nos setores produtores de bens de capital contribuiu para o expressivo crescimento das vendas na indústria de transformação.
A pesquisa Indicadores Industriais revela, ainda, crescimento do número de empregos pelo décimo segundo mês consecutivo. A expansão, em novembro na comparação com o mês anterior, foi de 0,8% do pessoal ocupado, o que significa aproximadamente 2.900 novas contratações. Os onze primeiros meses deste ano acumulam saldo positivo de 18 mil novos postos de trabalho, o maior da série histórica, iniciada em 1992.
Os setores mecânico e metalúrgico destacaram-se entre os demais na criação de novas vagas no mercado de trabalho. É importante destacar que o balanço do ano evidencia que 2007 fechará com número recorde de criação de emprego, disse a diretora de Desenvolvimento Econômico do Sistema Firjan.
Os salários, em novembro frente a outubro, por sua vez, aumentaram 2,2% e subiram 8,3% na comparação com novembro de 2006. Com ajuste, os salários mantiveram-se estáveis em novembro, com variação de 0,2%, mas no acumulado deste ano, registram alta de 7,6%. Os números refletem a recuperação do salário médio real em 2007 e a alta expressiva do emprego na indústria do estado do Rio de Janeiro, ressaltou Luciana de Sá.
As horas trabalhadas, em novembro frente a outubro, recuaram 6,1%, redução insuficiente para reverter o avanço de 7,1% na média de janeiro a novembro deste ano. Depois do ajuste sazonal, a variação em novembro cai para -0,9%, evidenciando a influência do menor número de dias úteis.
A utilização da capacidade instalada da indústria fluminense retomou a trajetória de alta moderada, interrompida em outubro último. Com ajuste sazonal, a taxa passou de 78,1% para 78,9%.
De acordo com a avaliação de Luciana de Sá, a pesquisa Indicadores Industriais sinaliza prosseguimento da alta da atividade industrial no estado, nos próximos meses. Para o Sistema Firjan, acrescentou ela, é preciso evitar a todo custo que o bom momento econômico adie a necessária agenda de reformas estruturais que garantirá o processo de crescimento continuado a longo prazo, reforçou.
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