Cosmonauta brasileiro no espaço

O coronel da força aérea brasileira Marcos Pontes, o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams largaram do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, аs 02h30 TMG (03h30 em Lisboa), segundo um porta-voz da agéncia espacial russa Roscosmos.

Acoplada a um foguetão Soyuz-FG, de 50 metros de comprimento e 300 toneladas de peso, a nave Soyuz TMA-FG tem como missão principal transportar Vinogradov e Williams até а Estação Espacial Internacional (ISS), onde substituirão os seus colegas Valeri Tokarev e William McArthur, que lá se encontram desde Outubro passado.

Mas a atenção da missão centra-se no terceiro tripulante, o coronel da força aérea brasileira Marcos Pontes, de 42 anos, que se converterá no primeiro astronauta da história do Brasil.

Durante a sua permanéncia no cosmos, Pontes levará a cabo a missão "Centenário", que inclui um programa de nove experiéncias científicas, médicas e biológicas, nomeadamente no domínio das nanotecnologias, e ainda observações do território brasileiro com instrumentos instalados no engenho espacial.

"O voo do primeiro avião no Brasil aconteceu em 1906. Agora, passado um século, ocorrerá o primeiro voo de um brasileiro ao cosmos", explicou recentemente Pontes aos jornalistas.

Vinogradov e Williams ficarão na ISS pelo menos meio ano, mas Marcos Potes regressará а Terra oito dias depois, a 9 de Abril, na companhia de Tokarev e McArthur, que já estão a fazer as malas para o regresso.

Os cosmonautas Vinogradov e Williams congratularam-se por participar num voo histórico para o Brasil e, tal como Pontes, sublinharam o facto de integrarem a expedição "13" ou "dúzia do diabo", expressão em russo usada pelos supersticiosos.

"Na verdade, eu sou a tripulação 'doze e meio', porque partirei com a ' ISS-13' e regressarei com a 'ISS-12', ironizou, a propósito, Marcos Pontes. Antes da sua chegada a Baikonur, o oficial brasileiro admitiu ter passa do por "certas dificuldades" com a língua e clima rigoroso da Rússia.

A preparação do brasileiro para esta missão, iniciada em Outubro na Cidade das Estrelas, perto de Moscovo, ficou marcada por um "treino de sobrevivéncia" numa floresta russa com temperaturas de menos 30 graus centígrados. Porém afirmou que a experiéncia lhe permitiu "adaptar-se" e "sentir-se а vontade" em qualquer temperatura.

Segundo "Diario dos Aзores"

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