A Nova Ordem Mundial de Putin

Como Mikhail Gorbachyov, Vladimir Putin goza a aprovação esmagador da opinião pública fora da Rússia. Ao contrário de Mikhail Gorbachyov, Vladimir Putin foi capaz de produzir resultados tangíveis e visíveis num curto espaço de tempo.

Enquanto o Presidente Gorbachyov foi talvez um vítima de infelicidade, o bode expiatório inevitável no processo de abordar um projecto grande demais para só um homem ou só uma década, Presidente Putin conseguiu criar a sua própria felicidade, rodeando-se com os homens mais competentes e seguindo uma política coerente, determinada e planeada quer na Rússia, quer no estrangeiro.

Há quem na Rússia se queixe que a vida nos tempos soviéticos era melhor. Para a maioria, sem dúvida é verdade. Contudo, os tempos mudam e com eles, as circunstâncias. Visto que o sistema soviético se transformou na Federação Russa de hoje, é uma futilidade seguir a comparação.

Há quem na Rússia goste de comparar desfavoravelmente este país com os países da União Europeia, considerando que o processo de mudança é lento demais, que a Rússia é burocrática demais e que demasiado dinheiro está nas mãos dos oligarcas. Há quem na imprensa internacional goste imenso dessas frases-chave para pintar um quadro sempre escuro da Federação Russa.

Porém, tais afirmações são injustas por três razões: primeiro, porque Vladimir Putin tem sido implacável em controlar os oligarcas, palavra que deve ser empregue com cuidado porque não inclui todos os homens de negócios com poderes de empenho acima da média mas sim, os que se empenham em criar poderes acima da média.

Em segundo lugar, a burocracia é a soma dos muitos processos que têm estado a amontoar há décadas; como um pirâmide, têm uma base larga. Finalmente, a Rússia tem uma alma que não é para ser vendida, nem comparada a ninguém.

A Rússia não é a Europa ocidental nem geográfica nem culturalmente. A Rússia é a soma dos povos que vivem entre o Báltico e o Bering, desde a Carélia até a Coreia. Como tal, a Rússia precisa e com Vladimir Putin, tem, um líder determinado com um base de poder firme na cidade capital.

Os processos que procuram a divisão interna e a partilha de poderes farão pouco para a Rússia a não ser enfraquecer a estrutura do país e encher os bolsos daqueles que querem a única cereja no bolo. Esses processos tudo farão para ajudar aquelas potências fora da Rússia com olho pregado nos vastos recursos minerais da Sibéria, a espera duma oportunidade de por em marcha um processo de colonização económico, que já se iniciou.

Fora da Rússia, a posição firme seguida por Vladimir Putin contra o terrorismo internacional, insistindo numa abordagem multilateral, baseada na lei internacional, em diplomacia, em diálogo e discussão – os princípios fundamentais de comportamento democrático e baseada numa igualdade de estado, ganhou para a Rússia muitos amigos em todos os países do mundo .

É esse tipo de liderança que o mundo precisa – homens de estado que lutam para os seus princípios que são na mesma altura os princípios da humanidade e os princípios para os quais a humanidade tem lutado durante tanto tempo, tem trabalho muito e tem sofrido demais. Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

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