Oposição com Humor

Nos jornais de hoje, dia 26, a assessoria do Presidente Lula não confirma nem desmente, mas tudo indica que o fim de ano do Presidente será mesmo na Restinga da Marambaia, que fica a 80 km do Rio de Janeiro. O local é agradável, e o bom gosto do ex-presidente Fernando Henrique, que também se hospedava lá, mais uma vez será seguido por Lula. Se Lula copiou Fernando Henrique em muita coisa de bom que fez até agora, por que não copiar mais essa?

Outra opção de Lula pode ser uma praia da Bahia, e aí, há um peso maior na decisão. Na Bahia, ele seria recebido pelo marqueteiro Duda Mendonça. O marketing, que segurou e ajudou o Governo durante todo o ano que termina, seria o assunto principal também na virada do ano para o Presidente.

Competência zero sim senhor

O jornalista Clóvis Rossi, em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo, com o título "Fome de Competência", traduz com rara precisão o fiasco que foi, e está sendo, o projeto Fome Zero: A maior propaganda enganosa do Governo Lula. Rossi, na abertura do artigo, lembra que se o seu jornal fosse dado a manchetes sensacionalistas, o título ideal para a abordagem do assunto seria mais ou menos assim: "Governo tira comida da boca de criancinhas do Fome Zero e doa ao mercado financeiro". O articulista faz referência a uma matéria divulgada pela própria Folha, onde se constata que o Governo, em diversas ocasiões, usou dinheiro do Fome Zero para outras finalidades. Quase todas elas para sanar fundos de caixa e pagar juros de dívidas.

Competência zero - 2

Com essa constatação, da matéria e do colunista, escancara-se aí, o maior blefe que se tem noticia nesse primeiro ano de governo, onde o marketing foi a figura de destaque. Ou seja, por melhor que seja a intenção de combater a fome e por mais que Lula faça dessa bandeira sua projeção, o Governo entregou o assunto em mãos erradas e os resultados pífios obtidos até agora conduzem a uma retomada de posição do Governo. Mal administrado, o Fome Zero, desestimula quem estava disposto a fazer doações. Desmoralizados, depõem contra Lula, seu maior incentivador e , por que não dizer, enganado pela incompetente gestão de quem se habilitou a comandá-lo.

Com gente é diferente

O Presidente Lula, segundo estatística confirmada, fez até o último dia 23, 277 discursos, sendo parte do Brasil em atos e solenidades oficiais e parte no exterior, onde o Brasil prometeu empréstimos, se ofereceu para mediar conflitos e até selar acordos de desarmamentos. Mas, no resumo da ópera, das pregações anunciadas, das promessas feitas e de quase tudo que foi dito como certo, quase nada foi feito, notadamente quando promessas e juras foram anunciadas para o campo social. A promessa de emprego talvez seja a mais cobrada e por isso a mais cruel constatação de que o Governo petista vem usando e abusando do direito de plantar sonhos na cabeça de pessoas e depois se esquiva e se esconde com desculpas demagógicas. Às vezes, com lágrimas.

No campo o Governo tropeçou feio, e dos tantos mil assentamentos que jurou fazer, quase nada aconteceu, e muitos foram os conflitos e desacertos que até agora incomodam milhões de famílias.Os programas relacionados às favelas, segurança pública, turismo, semi-áridos, violência contra a mulher, agricultura e saúde mental estão capengando e não há uma só estatística que se consulte, apontando evolução do quadro em relação a outros governos.

Com gente é diferente - 2

O espetáculo do crescimento, a bravata de longa metragem que deu origem a série, não aconteceu e pelo visto não vai acontecer da forma como o Governo anuncia. Lula assumiu a presidência acreditando que, com um estalar de dedos, com apenas um gesto, transformaria farinha em pão, faria do virtual realidade e as maravilhas cairiam sobre as nossas cabeças. Qual o que. O Brasil social de hoje é caótico, difícil e ruim, e as perspectivas futuras não são animadoras, apesar de que as promessas continuam em cada discurso, em cada palanque armado em cenário de real grandeza. Vamos torcer para isso mudar. Gado, a gente tange, engorda e mata. Mas com gente é diferente. PSDB