Políticas sociais melhoram a vida de mulheres e crianças

As políticas sociais implementadas no país nos últimos dez anos resultaram em significativa melhoria na vida de mulheres e crianças. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) foi divulgada na quinta-feira (3) pelo Ministério da Saúde. Realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), sob orientação do IBOPE, envolveu 15 mil mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) e 5 mil crianças com até 5 anos. O resultado mostra que cresceu o acesso aos serviços de saúde, assistência médico-hospitalar, medicamentos e métodos contraceptivos.


A redução em mais de 50% da desnutrição das crianças menores de cinco anos, de 1996 a 2006, somada a medidas educativas de hidratação oral e higiene, contribuiu para uma queda de 44% na mortalidade infantil. Houve avanço também no meio rural, onde 97% das mulheres tiveram acesso a pelo menos uma consulta pré-natal durante a gravidez em 2006, contra um percentual de 68% em 1996. No período, as políticas de planejamento familiar contribuíram para reduzir de 2,5 filhos por mulher em 1996 para 1,8, em 2006.


Anticoncepção - A distribuição gratuita de métodos contraceptivos aumentou 200% em dez anos, contribuindo para a redução do número de esterilizações femininas e masculinas. O número de cirurgias de esterilização em mulheres caiu de 27,3%, em 1996, para 21,8% em 2006, enquanto a participação dos homens na anticoncepção, por meio da esterilização, dobrou nesses dez anos, passando de 1,6% para 3,4%.


Gestação e Parto - Em 1996, 31,9% das mulheres grávidas que vivem no meio rural não se submetiam a nenhuma consulta pré-natal. Em 2006, esse número caiu para 3,6%. No meio urbano, a redução foi de 8,6% para 0,8%. Também houve um salto importante no percentual de mulheres que passaram a realizar a primeira consulta pré-natal nos três primeiros meses de gestação. O percentual saltou de 66% para 82,5% das gestantes. Na região Nordeste, o aumento na realização de consultas pré-natal pelas mulheres foi o mais expressivo: mais de 97% das mulheres em 2006, contra 74% em 1996.


Desnutrição – Na avaliação do estado nutricional das mulheres, apenas 3,5% apresentaram déficit de peso. De acordo com parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), déficits de peso de até 10% podem ser observados em populações saudáveis e bem nutridas e não caracterizam exposição à desnutrição.

A pesquisa revela também queda nas variáveis da desnutrição de crianças até 5 anos. Nessa faixa etária, o déficit de peso versus altura caiu de 2,5% para 2%, e o de altura versus idade teve redução de 13% para 7% entre 1996 e 2006.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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