O sargento Andrei Bratkowski Thies, integrante do 1º Esquadrão de Material Bélico da Base Aérea de Natal, prestou ontem um novo depoimento ao delegado Raimundo Rolim de Albuquerque Filho, informa Diário de Natal.
Deu mais detalhes de como teria assassinado sua mulher, a dona de casa gaúcha Andreia Rosângela Rodrigues. Segundo as novas informações, ela foi imobilizada pelo sargento e a facada mortal foi aplicada pelo pai dele, Hamilton Thies. Depois de ser morta, o corpo foi mantido dentro da geladeira da casa onde Andréia e Andrei moravam e no dia seguinte levado para um freezer, de um depósito onde Hamilton trabalhava.
Andréia só foi enterrada na cova, localizada na casa dos pais de Andrei Thies, cinco dias depois do crime. A mulher havia sido dada como "desaparecida" desde o dia 22 de agosto. Seu corpo foi encontrado na última segunda-feira, na residência dos pais de Andrei Thies, em uma casa da zona sul de Natal.
No novo depoimento, o militar afirmou que no dia 22 de agosto, depois de uma discussão com a mulher, o pai dele (que residia em frente a casa do casal) chegou na casa depois de ouvir os gritos. Pelo relato do sargento, no momento em que o pai chegou, ele pegou a filha de 11 meses e foi deixar com a mãe dele. Quando voltou para casa, Andrei encontrou Andréia Rosângela desacordada. Foi quando o pai afirmou que havia entrado em luta corporal com a mulher. Logo em seguida, Andréia acordou e tentou fugir.
Para evitar a fuga, o sargento Andrei aplicou um golpe conhecido como "gravata" no pescoço da mulher e o pai deu o golpe mortal: uma facada na altura do pulmão.
O corpo foi colocado por pai e filho na geladeira da casa. No dia seguinte, os dois levaram para um freezer, de um depósito onde Hamilton trabalhava. Depois de quatro dias no freezer, o corpo foi levado para uma cova feita na casa dos Thies, onde 68 dias depois a polícia iria encontrar.
"Nunca vi tanta crueldade", disse o delegado Raimundo Rolim.
As novas informações do sargento provam que ele mentiu no primeiro depoimento, quando afirmou que o corpo de Andréia teria como primeira cova um terreno da Base Aérea de Natal. Para o delegado, a informação dada pelo sargento foi uma forma de tentar abalar a corporação militar.
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