Um homem foi preso em Brasília por simular um o próprio seqüestro para conseguir dinheiro para quitar dívidas. O valor pedido do resgate era de R$ 5 mil. A Polícia Civil passou o dia todo investigando o caso. Mas na hora e no local marcados para o pagamento os policiais descobriram que o seqüestrador, na verdade, era o homem que se dizia seqüestrado. O motorista de van, Jales Souza Barros, foi preso em flagrante.
Ele confessou que por contrair dívidas com agiotas e necessitava o valor de R$ 5 mil. Por esse motivo, simulou o próprio seqüestro, diz a delegada, Alessandra Lacerda.
Segundo a polícia, toda a negociação foi feita por Jales, do próprio celular. Nas ligações, ele dizia que estava sendo forçado a falar pelos seqüestradores. Ninguém da família desconfiou que se tratasse de um falso seqüestro. Mas a polícia já trabalhava com essa hipótese. O impostor foi desmascarado na hora de efetuar o pagamento do resgate, na 710 Norte.
No último contato telefônico, foi determinado por ele que o dinheiro deveria ser deixado no interior do veículo dele, que estaria no local. Isso foi feito. Nesse momento, os policiais encontraram ele andando pela quadrada. Ele foi abordado e trazido para a delegacia, onde confessou o golpe, conta a delegada.
Para tentar salvar Jales Souza Barros, a polícia parou todas as outras investigações de seqüestro durante todo o dia. Inclusive o da Isabela Tainara, a adolescente do Sudoeste, desaparecida desde 14 de maio. Além de tomar o tempo da polícia, à toa, Jales vai pagar pelo que fez. Será indiciado pelo crime de extorsão. E pode ficar preso de quatro a dez anos. O crime é inafiançável.
Fonte G-1
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