A princesa do Japão Kiko, deu à luz , ontem, um menino, o terceiro na linha de sucessão do imperador Akihito e o primeiro herdeiro homem a nascer na família real japonesa em mais de quatro décadas, informou a Agência Imperial. O porta-voz do Governo, Shinzo Abe ,disse que a notícia "é refrescante como os claros céus de outono".
O próprio primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, que deve deixar seu cargo nos próximos dias e que há alguns meses defendia uma reforma para permitir a ascensão ao Trono de uma mulher, disse que o nascimento foi uma "boa notícia".
Irmão de Naruhito, de 46 anos, Akishino é o segundo filho do imperador, que também tem uma filha, Sayako, de 37 anos.
A princesa Kiko, de 39 anos, e o príncipe Akishino, de 40, se casaram em 1990 e eram pais até agora de duas meninas, Mako e Kako, de 14 e 11 anos, respectivamente. O filho do casal, que garante a atual linha masculina ,nasceu por cesariana no Hospital Aiiku, em Tóquio, às 8h27 (20h27 de terça-feira, em Brasília).
A Lei de Sucessão Imperial determina que os sucessores da Monarquia mais antiga do planeta devem ser homens descendentes por linha direta do imperador. O príncipe Naruhito, de 46 anos, e sua mulher, a princesa Masako, de 42, só têm uma filha, Aiko, de 4 anos.
Antes do anúncio da gravidez de Kiko, estava em debate uma reforma para possibilitar a ascensão da menina ao Trono.
Em novembro, um comitê governamental recomendou mudar a Lei de Sucessão para garantir que o primogênito dos príncipes herdeiros, de qualquer sexo, seja o herdeiro.
Koizumi se comprometeu a levar a reforma ao Parlamento. Mas a gravidez de Kiko, anunciada oficialmente em fevereiro, mudou os planos.
O nascimento do menino causou um grande alívio no governista PLD, cujos membros tradicionalistas, partidários da linha de sucessão masculina, se fortaleceram.
"O nascimento de um menino é maravilhoso. Rezarei com todo meu coração por seu crescimento saudável", disse o secretário-geral do PLD, Tsutomu Takebe, em declarações à imprensa.
EFE
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