A síndrome da pressa

O mundo está tão apressado que a medicina já tem um diagnóstico para o comportamento do ser humano atual: "síndrome da pressa". Há alguns dias estava assistindo a um programa matutino na TV e, para minha surpresa, estavam lá dois psiquiatras tratando do assunto e explicando o comportamento atual dos brasileiros, em especial dos grandes centros urbanos.

por Dárcio Cavallini

Como de praxe, explicavam quais os sintomas que o paciente precisa ter para ser enquadrado dentro do diagnóstico da nova síndrome e, obviamente, dentro das providências a serem tomadas para o tratamento e os medicamentos indicados para tais casos que em geral são remédios de tarja preta (drogas controladas).

De 1952 a 1954, um cientista e físico alemão de nome Schumann, provou que a Terra, nosso planeta, além de girar, pulsa como nosso cérebro emitindo impulsos elétricos que foram medidos por ele, semelhante ao sistema do eletroencefalograma que mede as pulsações do cérebro humano.

Naquela ocasião, Schumman constatou que a Terra pulsava em quase 8 ciclos por segundo. De lá prá cá, após a Segunda Guerra Mundial observou uma aceleração crescente e constante nesse pulsar do planeta que hoje atinge já a casa dos 14 a 16 ciclos por segundo.

Muitos cientistas atribuem a essa aceleração aos grandes eventos catastróficos que têm acontecido regularmente e que atingem todo o planeta. Tsunamis, terremotos, vendavais, tufões e tantos outros acontecimentos que geram medo e destruição em todas as partes do mundo. Não há país que não tenha sido atingido por tais catástrofes, nem mesmo o Brasil, que acaba de passar por um grande desastre ambiental, em Minas Gerais.

E a grande pergunta que fica no ar, sem resposta, é: "por que isto está acontecendo?".

Do mesmo modo que a Terra pulsa, o corpo humano também pode ser medido no cérebro pelo eletroencefalograma, que é um aparelho que mede os impulsos elétricos que o cérebro emite. O pulsar medido em ciclos por segundo indica o estado emocional e padrão vibratório do paciente e, quanto maior o número de ciclos por segundo, maior seu estado acelerado indicando estresse.

Então, dá para chegar à conclusão que se o mundo está tão acelerado é por que está estressado. Mas como pode o planeta ficar acelerado se o planeta não tem cérebro?

O pulsar do planeta é a somatória do pulsar cerebral de cada um de nós, seus habitantes. Do que se conclui que a média da população mundial está também acelerada e em estado de estresse.

E o que é um estado de estresse senão a falta de equilíbrio, de paz de espírito, de harmonia e tantos outros atributos que são característicos da felicidade?

Basta dar uma rápida olhada pelos noticiários para ver que o mundo está se matando. Há guerras por todos os lados. Em alguns países se matam por um Deus escondido num sistema religioso. Em outros, pelo domínio político ou pelo poder.

Muitas são as desculpas dos dominantes, que sempre existiram, assim como falta de democracia, direitos humanos etc.

Até quando iremos caminhar nesse sentido sem fim?

Todos nós temos a intenção de melhorar essas questões sociais. Tanto que se fosse dado o poder de resolver esses problemas para você que está lendo este artigo, tenho certeza que num passe de mágica resolveria essas questões tão injustas. Porque parece tão simples a solução. E como e porque os governantes não conseguem enxergar?

Somos educados, doutrinados para sermos guiados. E assim procedemos ao entregar as questões políticas de nosso bairro, de nossa cidade ou do nosso país para os governantes. As injustiças sociais, a violência, o abandono da saúde, fazem parte dessa massa de problemas que enfrentamos sem ter possibilidade de opinar ou ser ouvido ao reclamar. Parece não ter fim o sofrimento imposto ao homem comum de qualquer país, de primeiro ou último mundo, cada um na sua proporção.

O que fazer para melhorar se não temos acesso às decisões políticas?

Podemos melhorar o padrão vibratório do planeta para voltarmos às nossas origens. Se pensarmos com calma e agirmos com sabedoria, com certeza estaremos influenciando a mente das pessoas que nos cercam e, a partir daí, poderemos mudar o modo de pensar da humanidade e talvez iniciarmos o processo de reajuste energético para voltar a pulsar em 8 ciclos por segundo e descobrir a felicidade. Sem estresse.

Como fazer? Simples!

Comece agora. Sente-se confortavelmente, feche seus olhos e respire profundamente. Encha seu pulmão de ar, segure a respiração por alguns segundos para dar tempo de oxigenar o cérebro e depois solte o ar pela boca, mas faça como se estivesse jogando fora tudo que está dentro de você que não serve mais.

Repita essa respiração por 3 ou 4 vezes. Em seguida, volte a respirar naturalmente e, permanecendo com os olhos fechados, faça uma lista de tudo o que você tem para agradecer da vida. Pessoas, lugares, situações, coisas...

Agradeça; vai levar menos de 1 minuto e depois observe seu corpo.

Você se sentirá relaxado, centrado, dono de você!

A partir daí, não importam as injustiças, porque você está fazendo sua parte. Está contribuindo para que o planeta recupere seu estado natural de sobrevivência.

Dárcio Cavallini é terapêuta holístico há 20 anos e tem diversos livros publicados.

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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