Rússia, um voto pela estabilidade nacional

Rússia, um voto pela estabilidade nacional

Por Antonio Rondón García Moscou, 9 ago (Prensa Latina) Rússia parece concluir hoje com um voto pela estabilidade nacional, no meio de um avanço positivo na luta contra a Covid-19 e o aparecimento de elementos nos Estados Unidos e países vizinhos, dirigidos a desestabilizar esta nação.

 

A Chancelaria russa deveu ser pronunciado sobre um relatório apresentado pelo secretário norte-americano de Estado, Mike Pompeo, sobre a suposta atividade de propaganda não só da imprensa russa, mas também do departamento de informação do ministério de Assuntos Exteriores.

O governo russo denuncia as tentativas de Washington de dominar os meios de difusão e de conter o rendimento de opinião alternativa no país, o qual constitui, denúncia, uma violação da liberdade de expressão, um tema empregado pelo Ocidente para atacar a outros países.

A agência Sputnik, com versões em mais de 30 idiomas, e o canal Russia Today, com variantes em inglês, espanhol, francês, alemão e árabe, são motivo de preocupação permanente na Casa Branca, pois rompem o esquema antirrusso que difunde a suposta imprensa livre norte-americana.

Daí que o relatório apresentado por Pompeo, que também está à frente dos esforços por demonizar à direção política chinesa, é considerado uma manobra dirigida a promover o curso antirrusso de Washington e elementos de desestabilização neste país.

Assim, se considera propaganda e falsificação os resultados positivos do combate contra a pandemia de Covid-19, incluído o avanço na criação de uma vacina própria contra essa doença que seria certificada no dia 12 de agosto e poderia ser produzida em massa em outubro.

Isso ocorre no meio do desastre epidemiológico vivido pelos Estados Unidos, com mais de quatro milhões e meio de casos positivos e mais de 140 mil mortos por essa doença, enquanto as provas de uma vacina elaborada nesse país deixam muitas dúvidas sobre seus efeitos secundários.

De fato, Rússia e China estão oficialmente de olho nas campanhas midiáticas estadunidenses, enquanto Moscou critica a decisão da Casa Branca de obrigar os proprietários do aplicativo de criação de vídeos Tik Tok a vender essa companhia a empresas norte-americanas.

O Kremlin estima que com isso os Estados Unidos violam várias regulações da Organização Mundial do Comércio e infringe o direito internacional, mesmo que alguns especialistas vejam esse passo como uma demonstração de impotência da nação norte-americana, ante o avanço chinês nesse campo.

A televisão russa destaca como detalhe curioso o fato de que a China é o primeiro sócio comercial de 124 países, enquanto Estados Unidos, de 56 nações, isto é, a metade do registrado por Pequim.

Ao mesmo tempo, na semana foi testemunha de uma tentativa da Ucrânia, fiel aliado de Washington na região, de criar discrepâncias entre Rússia e Belarus mediante uma provocação, em que teriam empregado a membros da empresa militar privada russa Bagner, presos em solo de Belarus.

Meios de imprensa russa destacaram que os 33 membros de Bagner viajaram a Minsk para cumprir com um contrato falsificado pelos serviços de segurança ucranianos, para depois os apresentar como agitadores da oposição radical bielorrusso.

O objetivo consiste, consideram meios de imprensa locais, não só em procurar uma desestabilização da situação em Belarus, no meio da campanha eleitoral presidencial, mas também em reviver a fracassada tentativa de converter os protestos em Jabarovsk em um evento nacional.

A oposição fosse do Parlamento ou antissistema, como lhe chama aqui, tentou transformar os protestos pela destituição do governador da citada comarca russa Serguei Furgal, acusado de organizar assassinatos contra empresários, em uma ação na contramão do Governo, mas fracassou.

De qualquer forma, ante um desenvolvimento estável no combate contra a pandemia e a conseguinte saída da paralisação econômica por essa doença, Rússia parece fazer um voto pela estabilidade nacional, com independência de fatores e pressões desde o exterior.

jcm/to/cc

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