O primeiro-ministro russo Vladimir Putin, o príncipe Alberto II de Mônaco e o presidente da Islândia Olafur Ragnar Grimsson, além de 400 especialistas, entre eles cientistas, geógrafos, geólogos, pesquisadores e ambientalistas participaram no segundo Fórum do Ártico dedicado ao desenvolvimento dos territórios do norte. O evento foi realizado esta sexta-feira (22).
O primeiro-ministro lembrou aos seus colegas que o Ártico é o foco de muitos países e não só por causa de enormes depósitos de minerais. É o caminho mais curto entre os mercados de diferentes partes do mundo.
" E fica mais perto do que o tradicional do Sul", — disse Putin, acrescentando que as empresas a o escolherem vão ganhar uma vantagem competitiva. "A Rússia vai transportar pela Rota do Mar do Norte cerca de 700 mil toneladas de carga. Não tenho dúvidas de que é apenas o começo" — disse o chefe do governo, sugerindo desenvolver a infra-estrutura da Rota. "Pretendemos atualizar transportes, estradas, caminhos de ferro, via fluvial, bem como os aeroportos nórdicos, e a aviação polar", — disse.
Mas atenção especial deve ser dada à ecologia da região.
"Apesar dos rigores, o Ártico tem um ecossistema muito frágil. E o preço da sua violação, e as consequências podem ser muito tristes", mencionou.
Ele lembrou que a Rússia como havia prometido, já começou a "limpeza geral" do Extremo Norte e do Ártico russo.
"Entre os primeiros projectos — é retirar da Terra de Francisco José o acúmulo de barris de petróleo" — disse o primeiro-ministro.
Em uma reunião de Vladimir Putin com o príncipe de Mônaco no final do fórum também se tratou da ecologia. O primeiro-ministro sugeriu pela primeira vez desenvolver regras internacionais de conduta no Ártico.
"O papel da Rússia no desenvolvimento da região do Ártico, como no uso dos recursos naturais e protecção ambiental é muito importante" — admitiu Alberto II. "Eu concordo que devem ser elaboradas as regras comuns, regras do jogo. Eu acho que nós precisamos de continuar a trocar de opiniões e trabalhar juntos para proteger o meio ambiente ártico".
No âmbito do Fórum foi inaugurada a exposição dos projectos polares. A maior atenção tem atraído o projecto da cidade polar Umka para abrigar cinco mil habitantes. Será construída em uma das ilhas da Nova Sibéria, no Oceano Ártico.
" Aqui, os pesquisadores poderão viver de forma constante e não rotativa. É projectada de tipo de uma colónia lunar completamente isolada", segundo um dos autores.
A cidade vai ser coberta com uma enorme cúpula, de modo que será constantemente mantida dentro uma temperatura confortável. Sob o telhado comum abrigarão além das casas, um templo, escolas, cinema, hospitais e até mesmo um parque aquático.
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