Cinco países com fronteiras no Ártico (Canadá, Dinamarca, EUA, Noruega e Rússia ) acordaram em Ilulissat, na Groenlândia, deixar suas demandas territoriais para arbitragem da ONU e proteger o meio ambiente dessa zona rica de hidrocarbonetos. O ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Lavrou, descartou a possibilidade de uma iminente guerra pelo Ártico.
Não compartilhamos os prognósticos alarmantes entre os países com fronteiras no Ártico ou até entre os países que não formam parte desta região, uma espécie de futura guerra pelo Ártico nas condições de aquecimento global que facilita o acesso às rotas do transporte e aos recursos naturais, cada vez mais caros, declarou Lavrov em uma conferência de imprensa, onde participaram os ministros de Assuntos Exteriores de cinco países. De acordo com Lavrov tais prognósticos são em grande medida forçosos e conjunturais.
Também se pronunciou por criar no Ártico um sistema de vigilância e reação rápida aos eventuais riscos tecnológicos relacionados com os projetos de petróleo e gás, a energia nuclear,o transporte de hidrocarbonetos e outras matérias rimas, ou o funcionamento das obras energéticas que têm importância vital para a população.
Segundo o comunicado distribuído no final daquele que é o primeiro encontro a nível ministerial dos cinco Estados, estes "comprometem-se a tomar as medidas necessárias, em conformidade com as leis internacionais e nacionais, a assegurarem a proteção e preservação do frágil ambiente marinho" da região.
Isto significa que os Estados envolvidos aceitam a solução dos seus conflitos no quadro das normas das Nações Unidas e, em especial, da convenção do Direito Marítimo, cujo articulado se aplica à região do Ártico. Apenas os EUA não subscreveram este instrumento, mas prevê-se que o façam ainda este ano ou em 2009.
Uma comissão da ONU está a analisar as questões de soberania no Ártico e espera-se que apresente as suas conclusões até 2020.
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