O exemplo da católica é rejeitado pela Igreja Ortodoxa Russa que, a seguir elabora sua própria lista de pecados que incluiria vícios da globalização, como a engenharia genética, a clonagem ou o dano ao meio ambiente.
"A Ortodoxia parte de uma noção espiritual do pecado, de um enfoque teológico-pastoral que não requer uma rígida sistematização e regulamentação", afirma o chefe do departamento de relações cristãs do Patriarcado de Moscou,
Igor Vizhanov. A Igreja Ortodoxa respondeu assim às declarações do bispo Gianfranco Girotti, regente do Tribunal da Penitenciária Apostólica Vaticana, que, em entrevista ao jornal vaticano "L'Osservatore Romano", falou do conceito de pecado em um mundo globalizado.
Girotti lembrou que a manipulação genética, a degradação do meio ambiente, a acumulação excessiva de riqueza e o consumo de drogas são práticas que contrariam os dez mandamentos bíblicos e, portanto, pecaminosas.
Curiosamente, a Igreja Ortodoxa é e sempre foi ultraconservadora em matéria de moral e essa é precisamente uma das razões da recente aproximação entre ortodoxos e católicos, cujas relações alcançaram seu menor nível durante o Pontificado de João Paulo II. O patriarca russo, Alexei II, elogiou desde o primeiro momento a figura do novo papa romano, Bento XVI, intransigente no que diz respeito às práticas como a anticoncepção e a clonagem e que inclusive afirmou que o "inferno existe". No entanto, Vizhanov questiona:...
O presidente eleito russo, Dmitri Medvédev, foi batizado na ortodoxia aos 23 anos nos tempos de Mikhail Gorbachov (1989), quando praticar a religião já não trazia riscos, segundo as informações da EFE.
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