O presidente da Câmara Baixa do Parlamento russo ( Duma), Boris Gryzlov, acusou hoje (08) os serviços secretos dos EUA de darem ordens ao dirigente georgiano.
"Todas as acusações da parte da Geórgia contra a Rússia são feitas por ordem dos serviços secretos dos Estados Unidos", afirmou hoje Boris Gryzlov, dirigente da Duma Estatal da Rússia. O presidente da Duma expressou sua esperança de que o governo da Geórgia consiga recuperar o sentido e cambie a tática de luta contra seu próprio povo.
Entretanto o Ministério das Relações Exteriores russo através do seu porta-voz Mikhail Kamynin fez esta quinta-feira um apelo à comunidade internacional nesta quinta-feira para intervir na crise política na Geórgia e tentar dar fim à violência contra manifestantes.
"Estamos convencidos de que a comunidade internacional, os grupos de direitos humanos, a ONU [Organização das Nações Unidas], o Conselho Europeu e a OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa] deveriam fazer um chamado às autoridades de Tbilisi [capital da Geórgia] para dar fim à violência, respeitar os direitos humanos e resolver sua questão política sem o uso da força", Kamynin.
O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, decretou estado de emergência por 15 dias ontem após milhares de manifestantes saírem às ruas para exigir sua renúncia.
A capital do país amanheceu tomada por tropas. Protestos estão proibidos no país e a imprensa foi censurada. Saakashvili fechou os canais de notícias, exceto a emissora de televisão estatal. As aulas nos colégios e universidades foram suspensas por dois dias.
"É muito doloroso ver como o governo dispersou as pessoas", disse Yekaterina Bukoyeva, 35, funcionária pública.
Cerca de 500 pessoas feridas durante os confrontos com a polícia continuam hospitalizadas, segundo as fontes russas.
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